Após a demissão de José Diegas, líder
da concelhia, também Gonçalo Gonçalves e Ana Diegas seguiram o mesmo caminho
como forma de demonstrar o seu apoio face à situação ocorrida.
Para Gonçalo Gonçalves, a
democracia deve ser “plena e saudável” e basear-se no “respeito pelas
suas bases e pelos processos de sufrágio interno”. Contudo, o ex-Presidente
da Comissão Política considera que esses princípios foram “desconsiderados”,
perdendo-se a “legitimidade e a confiança” na política.
Avança ainda que, não estando
alinhado com a escolha da Direção Nacional, não pretende “continuar a
exercer funções num contexto em que existem divergências profundas. Permanecer
nessas circunstâncias seria incoerente e eticamente reprovável”.
Indica o nome de Francisco
Espírito do Santo para a sua sucessão, e informa que a “indicação foi
acolhida unanimemente”.
Em comunicado, Ana Diegas afirma
que “a política não pode ser um jogo em que se sacrifica a integridade em
nome de conveniências”. Condena o facto de a decisão ter sido dada “através
de uma mensagem via Whatsapp, ignorando a vontade expressa das estruturas
locais e distritais, que elegeram, democraticamente, o Dr. José Diegas”.
No que concerne à decisão da
liderança Nacional, diz não querer ser “cúmplice de decisões que atropelam a
democracia interna” e ainda que prefere a “coerência à permanência”.
Recorde-se que Gonçalo Gonçalves
e Ana Diegas haviam sido eleitos a 22 de fevereiro do corrente ano para o
biénio 2025/2027. Até ao momento, dos órgãos eleitos, apenas dois dos 14
elementos apresentaram a sua demissão.
Ângela Vermelho
Foto: DR
Política