Marco Alves: “Temos de dar a volta por cima, temos de ganhar, só esse resultado nos interessa”


O treinador do Grupo Desportivo de Chaves, Marco Alves, em antevisão à partida da 29ª jornada da II Liga frente ao Portimonense, falou num jogo de “muita importância” para ambas as equipas, vincou ainda acreditar “que ainda será possível a subida direta” e terminou por abordar as recentes exibições de Leandro Sanca.

O lugar que as duas equipas ocupam na tabela classificativa, deixam antever que será um jogo interessante para os dois lados, ainda acredita na subida de forma direta por parte do Desportivo de Chaves?

“É um jogo de muita importância, quer para nós, quer para o Portimonense, eles ainda não têm a classificação fechada, penso que estão a lutar pela permanência nesta divisão, ainda não está totalmente assegurado. Temos ainda os nossos objetivos em aberto e acredito que ainda será possível a subida direta. Perdemos seis pontos nos dois últimos jogos, se acontecer o mesmo ao Vizela, já ou nas próximas semanas, estaremos em igualdade pontual com eles. Lutaremos pelos três pontos nos seis jogos que faltam, sabemos que alcançar o Tondela, com a regularidade que têm tido e se a conseguirem mantiver, será muito difícil”.

Vai enfrentar um Portimonense, que ao contrário do Vizela, está numa fase negativa, nos últimos oito jogos tem uma vitória, um empate e seis derrotas. Acredita que será um jogo favorável para conseguir dar a volta por cima? Que análise faz ao adversário?

“Temos de dar a volta por cima, temos de ganhar, só esse resultado nos interessa. Em relação ao adversário, na semana anterior, o Portimonense perdeu em Vizela no último segundo do jogo, o Vizela fez o três a dois e a bola foi ao centro e terminou o jogo, por isso, já podemos verificar as dificuldades que o Portimonense nos vai, certamente, causar. É mais uma equipa que eu penso que não foi construída para estar na luta que está neste momento, tem também jogadores com muito valor. Se este campeonato foi difícil contra qualquer equipa, nós temos a certeza de que estas últimas seis jornadas, que dizem tanto a estes clubes, serão ainda mais difíceis. Se, às vezes, acharmos que algum jogo é mais fácil, tento logo relembrar que perdemos cinco pontos com o Mafra, que é o último classificado e não queremos que isso volte a acontecer”.

Que Chaves se pode esperar amanhã e que Chaves os adeptos podem esperar para esta reta final de campeonato?

“O Chaves de amanhã será um Chaves com muita vontade, a acreditar mesmo, não são palavras ditas da boca para fora, vamos acreditar mesmo que é possível, temos mesmo este objetivo. Custou-nos tanto, andamos aqui desde final de junho do ano passado a trabalhar, tivemos fases más, depois conseguimos dar a volta, os jogadores fizeram um esforço enorme e agora não vamos esbanjar esta oportunidade de qualquer maneira, vamos dar tudo para ganhar estes seis jogos e depois verificar o que é que a classificação traduz. Na semana anterior, apesar de termos perdido, já sentimos os verdadeiros adeptos do Chaves, já sentimos aquele apoio dos “Valentes Transmontanos”, foi um jogo com o estádio mais vivo, com as pessoas na bancada a ajudarem-nos. É verdade que Vizela trouxe muita gente, mas o nosso público, em muitos momentos do jogo, soube empurrar-nos. Aquela fase que estivemos melhor no início da segunda parte, deu-se muito ao apoio deles e espero que eles continuem a acreditar, tal como nós, e a ajudarem-nos nestas últimas seis finais”.

Após a derrota diante do Vizela, Leandro Sanca foi dos jogadores mais contestados pelos adeptos, de que forma justifica a titularidade de Sanca, em detrimento de Rúben Pina, Rui Gomes ou Alberto Soro?

“O Sanca é um caso de estudo, é um dos miúdos que melhor trabalha, que mais trabalha durante a semana e obriga os treinadores a olharem para ele de uma forma que eu acredito que os adeptos não consigam ver, porque reconheço que ele nos jogos não tem conseguido transpor aquilo que faz nos treinos, mas ele tem esse dom, obriga-nos quase sempre a acreditar. Acho que o Sanca já há algum tempo que não tem a tranquilidade suficiente para encarar o jogo e falta-lhe isso, acho que acusa muito o peso do jogo. Num jogo, depois de falhar a primeira vez, já há pouca paciência da parte dos adeptos e isso afeta-o muito. O Sanca saiu ao intervalo e esta semana trabalhou ainda mais do que tinha vindo a fazer e obriga-nos a nunca desistir dele, nós não vamos desistir do Sanca e continua a ser nosso jogador e a ser alguém com quem contamos até ao final nestas últimas seis jornadas. Quanto ao Rúben Pina, também já teve momentos melhores, outros momentos menos bons, o Soro, igualmente, jogos melhores, outros nem tanto. Vamos gerindo a partir disso, daquilo que eles nos mostram nos jogos anteriores e na semana de trabalho. Temos tido opções e temos dado essas oportunidades, vamos também tentando que eles não adormeçam, porque os outros jogadores estão prontos para ajudar”.

O embate entre Grupo Desportivo de Chaves e Portimonense Sporting Clube, a contar para a 29ª jornada da II Liga, tem data marcada para amanhã, 12 de abril, às 14h, no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira.

Diogo Batista
Foto: GD Chaves


11/04/2025

Desporto


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