Em setembro de 2023, o Município de Montalegre apresentou um
processo cautelar diante da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), de forma a
impedir o progresso do projeto de exploração de lítio da empresa Lusorecursos
Portugal Lithium em Montalegre.
Em julho de 2024, a Presidente da Câmara de Montalegre, Fátima
Fernandes, demonstrou desagrado perante a resposta negativa do Tribunal Administrativo
e Fiscal (TAF) de Mirandela, prometendo recorrer da decisão, “(…) uma vez que
consideramos validos os argumentos que invocamos, não foi com ligeireza, nem
com leviandade, que interpusemos esta providência cautelar e, portanto, vamos
recorrer desta sentença, dando nota dos argumentos que temos e que
consubstanciam aquelas que são as nossas preocupações em termos administrativos
e processuais (…)”.
Passados cinco meses, o TAF de Mirandela chegou à conclusão
que a providência cautelar levada a cabo pelo município de Montalegre não
preenchia um dos requisitos necessários para a concessão da mesma.
A concessão, proposta pela empresa Lusorecursos Portugal
Lithium, abrange uma área total de 825.4 hectares na zona de Morgade, tendo
como objetivo a exploração de depósitos minerais de lítio e a sua
transformação, através de uma exploração mista, subterrânea e a céu aberta, com
um período de vida útil previsto de 13 anos.
Texto: Diogo Batista
Fotos: Carlos Daniel Morais
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