Deputado aguiarense defende o retorno da riqueza gerada pela energia verde para o território e “justa” coesão no conforto térmico


O deputado Alberto Machado, eleito pelo círculo do PSD de Vila Real, defendeu na sexta-feira, 08 de novembro, na Assembleia da República, o retorno para os territórios do Interior de parte da riqueza produzida com a exploração de recursos naturais e uma “justa” Coesão no que diz respeito ao conforto térmico.

Durante uma intervenção na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública da Ministra do Ambiente e Energia, o deputado aguiarense defendeu o retorno da riqueza gerada pela energia verde para o território e “justa” coesão no conforto térmico.

Alberto Machado disse que os seis concelhos do Alto Tâmega e Barroso (Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar) através de uma empresa intermunicipal, produzem energia eólica e hídrica “suficiente” para alimentar todo o território.

“As Câmara Municipais do Alto Tâmega e Barroso, com uma potencia instalada e uma produção média anual, só por si em energia verde, garante o território 100% sustentável”, tornando-se assim, “num grande contributo nacional para as metas do PNEC [Plano Nacional de Energia e Clima]”.

O ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, referiu ainda, durante a sua intervenção, que se for considerada no território, a energia hídrica produzida no setor empresarial privado “é suficiente para alimentar a totalidade dos distritos de Vila Real e Braga com uma reserva que permite garantir, durante 48 horas, o fornecimento de energia a toda a população portuguesa”, adiantando que, “a capacidade instalada representa mais de 50% do programa nacional de barragens”, mas que, desta riqueza ‘verde’ gerada de 10.7 milhões de toneladas/ano, “não há um justo retorno para o território” e que, “as mais valias da produção, ficam zero no território”.

Quanto ao conforto térmica, Alberto Machado referiu que as populações deste território transmontano têm um índice de conforto térmico no frio de 6%, abaixo de metade da média nacional.

“Saliento que no Alto Tâmega e Barroso, as temperaturas médias de 14 de novembro a 1 de março são abaixo dos zero graus tendo o país, uma média de 17 graus. Nesse sentido, o deputado da Assembleia da República questionou a Ministra do Ambiente e Energia sobre que medidas e ações concretas, “que garantam o justo retorno para os territórios de riqueza aí gerada”, e que medidas e estratégias de combate à pobreza energética “existem salvaguardando as características locais”.


Sara Esteves

Foto: DR


12/11/2024

Política


. Partilha Facebook