Durante uma intervenção na Comissão
de Orçamento, Finanças e Administração Pública da Ministra do Ambiente e
Energia, o deputado aguiarense defendeu o retorno da riqueza gerada pela
energia verde para o território e “justa” coesão no conforto térmico.
Alberto Machado disse que os seis
concelhos do Alto Tâmega e Barroso (Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de
Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar) através de uma empresa intermunicipal, produzem
energia eólica e hídrica “suficiente” para alimentar todo o território.
“As Câmara Municipais do Alto
Tâmega e Barroso, com uma potencia instalada e uma produção média anual, só por
si em energia verde, garante o território 100% sustentável”, tornando-se
assim, “num grande contributo nacional para as metas do PNEC [Plano Nacional
de Energia e Clima]”.
O ex-presidente da Câmara
Municipal de Vila Pouca de Aguiar, referiu ainda, durante a sua intervenção,
que se for considerada no território, a energia hídrica produzida no setor
empresarial privado “é suficiente para alimentar a totalidade dos distritos
de Vila Real e Braga com uma reserva que permite garantir, durante 48 horas, o
fornecimento de energia a toda a população portuguesa”, adiantando que, “a
capacidade instalada representa mais de 50% do programa nacional de barragens”,
mas que, desta riqueza ‘verde’ gerada de 10.7 milhões de toneladas/ano, “não
há um justo retorno para o território” e que, “as mais valias da
produção, ficam zero no território”.
Quanto ao conforto térmica,
Alberto Machado referiu que as populações deste território transmontano têm um
índice de conforto térmico no frio de 6%, abaixo de metade da média nacional.
“Saliento que no Alto Tâmega e Barroso, as temperaturas médias de 14 de novembro a 1 de março são abaixo dos zero graus tendo o país, uma média de 17 graus. Nesse sentido, o deputado da Assembleia da República questionou a Ministra do Ambiente e Energia sobre que medidas e ações concretas, “que garantam o justo retorno para os territórios de riqueza aí gerada”, e que medidas e estratégias de combate à pobreza energética “existem salvaguardando as características locais”.
Sara Esteves
Foto: DR
Política