O presidente da Comunidade
Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT) reconheceu a importância da
criação da Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Tâmega e Barroso e disse ser um
dia “muito satisfatório e de muita alegria para a região”.
Fernando Queiroga concorda com a
decisão política tomada pelo atual Governo, mas garante que não quer ver a ULS do
Alto Tâmega e Barroso apenas no papel administrativo. “Não queremos só, a
ULS do Alto Tâmega e Barroso no papel administrativo. Isso só, não nos satisfaz.
Queremos que a população seja servida e tenha os serviços, pelo menos mínimos,
de garantia de qualidade, de segurança, de saúde e bem-estar”.
Ao Canal Alto Tâmega, o também autarca
de Boticas disse que esta, era uma pretensão antiga e que há ainda “trabalho
a fazer”.
“Temos consciência que há
trabalho a fazer, não é só o anunciar. Sabemos que há especialidades que têm que
ser instanciadas no nosso hospital de Chaves. Sabemos que há um problema de
recursos humanos que também têm que ser alocados ao nosso hospital e, portanto,
há aqui passos a seguir, mas o passo mais importante foi este. Foi a decisão
política de criar a ULS do Alto Tâmega e Barroso porque era uma injustiça que
estava a ser feita”, salientou.
O Presidente da CIMAT disse ainda
que antevê que haja alguma especialidade que tenha de ser prestada no Centro
Hospitalar de Vila Real.
“Antevejo que pode haver um
serviço ou outro, com uma especialidade muito mais concreta, onde há falta de
recursos humanos que continue a verter até para Vila Real”. Questionado se a
especialidade poderia ser pediatria, o social democrata disse não querer
individualizar.
“A pediatria não me passa pela
cabeça que não fique aqui, porque se temos o território despovoado quem cá está,
tem de estar confortado. As futuras mães têm que estar confortadas quando nascerem
os seus bebés”.
A Ministra da Saúde, Ana Paula
Martins, anunciou esta terça-feira, 12 de novembro, a criação da Unidade Local
de Saúde do Alto Tâmega e Barroso, no âmbito do debate na especialidade do
Orçamento de Estado, colocando fim ao modelo estabelecido no início do ano que
foi contestado pela população, autarcas da região e pelos deputados eleitos
pelo círculo de Vila Real.
Os autarcas da região não se reviam
no modelo de ULS de Trás-os-Montes e Alto Douro, e por várias vezes manifestaram
esse desagrado junto da tutela.
A Unidade Local de Saúde de
Trás-os-Montes e Alto Douro, com sede em Vila Real, foi criada por integração
do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), que agrega os
hospitais de Vila Real, Chaves e Lamego, os Agrupamentos de Centros de Saúde do
Alto Tâmega e Barroso, do Douro I – Marão e Douro Norte e do Douro II – Douro
Sul. Com a nova reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em janeiro foram
criadas 31 Unidades Locais de Saúde que se juntaram às oito existentes.
Sara Esteves
Foto: DR
Sociedade