Alto Tâmega tem seis incêndios ativos nesta altura em Chaves e Vila Pouca de Aguiar


Três incêndios localizam-se em Chaves e os restantes em Vila Pouca de Aguiar.

A região do Alto Tâmega e Barroso tem nesta altura seis incêndios ativos, três em Vila Pouca de Aguiar, onde a situação é mais preocupante, e três em Chaves, com o incêndio de Vilar de Izeu a ser considerado mais preocupante segundo o Comandante Sub-regional da Proteção Civil do Alto Tâmega e Barroso.

“Em termos de preocupações a esta hora estamos a começar a ativar outra vez, porque a temperatura está a aumentar. Estamos a reposicionar meios junto às habitações para evitar consequências de maior e estamos também, a tentar com as máquinas de rastos a consolidar algumas áreas, para o incêndio não andar sempre a fugir”, revelou Artur Mota.

Neste momento no terreno existem 230 operacionais nos incêndios de Vila Pouca de Aguiar, “o que não são muitos”, disse ainda o Comandante Sub-regional, num total de 300 operacionais.

“Está tudo pedido desde ontem, mas não há meios disponíveis porque ainda há muitos incêndios lá em baixo, tão ou mais preocupantes como estes. Meios aéreos já pedi, tenho pedido sempre. Temos andado aqui com um ligeiro, em algumas ocorrências novas, mas neste momento, para reforçar o teatro de operações não há nada de específico”, salientou.

Artur Mota fala em poucos meios no combate às chamas e nas dificuldades nas próximas horas, devido à temperatura.

“São sempre os mesmos incêndios só que não há combate possível porque as condições meteorológicas não permitem, e os operacionais também não são muitos, pelo que estamos a privilegiar as habitações. A preocupação a esta hora é evitar que o fogo alastre muito porque, as condições em termos de meteorologia vão piorar”, frisou.

Questionado sobre algumas ocorrências ontem à noite, o Comandante Sub-regional da Proteção Civil do Alto Tâmega e Barroso não tem dúvidas que têm “mão criminosa”.

“Ontem à noite, para além dos incêndios que tínhamos ativos, tivemos mais quatro ocorrências todas elas em simultâneo. Isto é crime do mais alto nível. Ocorrências durante a noite, não sendo projeções dos incêndios que estão agora ativos é mesmo alguém que quer queimar. Sabe que o dispositivo está todo empenhado e não há meios nenhuns e se o souberem colocar em algum sítio com combustíveis mais fortes e com algum vento, ele propaga-se logo. É mesmo origem criminosa”, admite.

Segundo o Comando Sub-regional, o único dano mais significativo foi uma casa de primeira habitação que ardeu em Zimão e outra de segunda habitação não habitada, alguns terrenos agrícolas. A nível de feridos não houve registo de nenhuma situação grave.

Até ao momento já foi consumida pelas chamas perto de três mil hectares de mato e pinhal.

 

Sara Esteves



18/09/2024

Sociedade


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