O 9.º Encontro Nacional pela
Justiça Climática, promovido por cerca de três dezenas de organizações, reuniu,
ao longo de três dias, ativistas, cientistas, líderes comunitários e cidadãos,
para debaterem e desenvolverem estratégias e soluções para travar a crise
climática, “que se pretende seja justa e sustentável em Portugal”.
A edição deste ano foi
demonstrativa da solidariedade com a luta dos movimentos locais contra a mina
de lítio a céu aberto, numa região classificada pelas Nações Unidas como
Património Agrícola Mundial.
A relação entre o clima e o
oceano, da urgência de promover soluções de mobilidade sustentável e pública, o
combate à pobreza energética, o abandono dos combustíveis fósseis e as metas
para atingir a neutralidade carbónica até 2030, foram outros dos assuntos em
debate neste encontro.
O Vice-presidente da Câmara
Municipal de Boticas, Guilherme Pires, esteve presente na abertura do encontro,
na sexta-feira, dia 5 de abril.
O evento contou com várias
sessões sobre temáticas relacionadas com a justiça climática, nomeadamente,
sobre transportes públicos, a exploração mineira na serra da Argemela e no
Barroso, ferrovia ibérica, ameaças ao solo e aos oceanos, litigância climática
em torno do lítio, comunidades de energia renovável, ecofeminismo, prioridades
para o movimento climático e assembleias cidadãs.
As várias atividades do 9º ENJC
decorreram no Auditório Municipal, na Junta de Freguesia de Boticas e Granja e
no Auditório do Centro de Artes Nadir Afonso.
O 9º Encontro pela Justiça
Climática foi organizado pela Associação de Combate à Precariedade – Precários
Inflexíveis, Climáximo, Empregos para o Clima, Montalegre Com Vida, MUBi –
Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, OIKOS, Quercus, Sciaena, Último
Recurso, UMAR, Unidos em Defesa de Covas do Barroso, XR Portugal e a ZERO –
Associação Sistema Terrestre Sustentável.
O ENJC contou ainda com o apoio
de outras organizações ambientalistas e de luta contra a exploração mineira em
Portugal.
Sociedade