A Iberdrola Renewables Portugal,
responsável pelo complexo hidroelétrico do Tâmega, e que prevê instalar perto dois
parques eólicos, num investimento de 450 milhões, vai alterar o projeto eólico previsto
para o Tâmega depois da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ter emitido em
março de 2023 uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada
ao projeto, que incluiu o Parque Eólico Tâmega Norte (PETN) e Parque Eólico
Tâmega Sul (PETS) e suas ligações à Rede Elétrica de Serviço Público.
A empresa espanhola viu-se
obrigada a reduzir o empreendimento eólico no Tâmega após parecer negativo do Instituto
da Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF) por considerar afetar o habitat
do lobo ibérico e de outros animais, tendo levado a APA a permitir o avanço,
mas a obrigar a empresa a reformular o mega-projeto, com uma potência de 453
megawatts (MW).
A reformulação do Complexo Eólico
do Tâmega inclui uma redução de 60 para 38 aerogeradores e a alteração da
localização de algumas turbinas, conforme consta no Relatório de Conformidade
Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE) que está em consulta pública desde 21
de março até ao dia 11 de abril, segundo o Portal Participa.
Após reformulação o projeto passou
a contemplar 38 aerogeradores (27 no parque Tâmega Norte) e 11 (no Tâmega Sul),
onde foi registada a maior redução de 32 para 11. No total, a potência dos dois
parques fica perto dos 274 MW, valor abaixo dos 453 MW inicialmente previstos.
O complexo irá abranger área dos
concelhos de Ribeira de Pena (União das Freguesias de Ribeira de Pena
(Salvador) e Santo Aleixo de Além-Tâmega e Santa Marinha), de Montalegre (Salto)
e de Vila Pouca de Aguiar (União das Freguesias de Pensalvos e Parada de
Monteiros Alvão), no distrito de Vila Real, e de Cabeceiras de Basto, no distrito
de Braga, insere-se na zona de transição da Reserva da Biosfera do Gerês e
afeta aéreas sensíveis como Zona Especial de Conservação (ZEC) do Alvão-Marão e
“Important Bird Area (IBA)” da serra do Alvão e Marão.
Sociedade