MONTALEGRE: Cerca 1,4 milhões de euros para requalificar a Piscina Municipal


Piscina Municipal deverá reabrir no verão de 2022.

Depois de vários anos encerrada ao público devido ''aos elevados custos de funcionamento'', a Piscina Municipal de Montalegre vai ser alvo de requalificação e deverá voltar a estar ao serviço da comunidade, no verão de 2022, disse a autarquia barrosã.

A Piscina Municipal será alvo de melhoria num investimento de cerca 1,4 milhões de euros, comparticipado em 600 mil euros por fundos comunitários. A garantia foi dada por Orlando Alves, Presidente da Câmara Municipal, que explicou que o município vai trabalhar num projeto cujo fim passa pela ''incorporação de novas tecnologias, com maiores ganhos de eficácia energética e de proteção ambiental, menos poluidores''.

A intervenção arrancará nos próximos meses, uma notícia que vai ao encontro dos desejos da população, com foco particular nas escolas e em quem pratica atividade desportiva.

Na visita ao espaço, Orlando Alves referiu que ''estamos perante um processo moroso que já leva três anos e que irá exigir um alto esforço financeiro por parte da autarquia. Estamos perante um investimento próximo do milhão e meio de euros e que beneficia de um empréstimo do quadro comunitário de 600 mil euros, verba que o município terá que devolver mais tarde à União Europeia- Este quadro tem que estar encerrado em 31 julho 2023 e nessa altura terá de estar integralmente concluída e liquidada''.

Segundo o autarca o quadro comunitário apenas financia o que tem estritamente a ver com eficiência energética, ou seja o revestimento exterior e equipamentos, o restante fica a cargo da autarquia que justifica a demora neste processo. ''Os últimos meses exigiram um alto jogo de paciência. O Tribunal de Contas atrasou a emissão do ''necessário visto'' para o arranque da obra. A luz verde chegou por estes dias ao que se seguiu a assinatura do auto de consignação o que significa que o empreiteiro pode automaticamente iniciar a empreitada'', referiu Orlando Alves.

A Piscina Municipal foi inaugurada em janeiro de 2005 e o equipamento encontra-se bastante destruído, quer no interior e exterior. Na avaliação do estado geral de degradação, o Presidente da Câmara fala em vergonha e mostra-se angustiado. ''Não acredito que os autores desta desastrada destruição possam ir para casa e dar-se como satisfeitos ou vangloriarem-se um dia do feito triste aqui cometido. Azulejos arrancados algo que só se conseguem com ferramentas adequadas. Tudo premeditado. Vidros partidos, o teto da piscina completamente destruído. Máquinas de valor superior a 200 mil euros inteiramente destruídas que podiam ser aproveitadas, que não constam do valor orçamentado daí resultando haver um esforço acrescido da autarquia para adquirir novas máquinas''.

Com uma área bruta do edifício de 1.632,23 m2, a existente Piscina Municipal de Montalegre é constituída por uma piscina de 25 metros, um tanque de aprendizagem, piscina infantil, e áreas complementares como balneários, acessos, zonas dos funcionários, casas de máquinas e outras áreas técnicas. A piscina de maior dimensão tem 25m por 12,5m, com uma profundidade em rampa de 1m a 1,75m, e seis pistas com blocos de partida colocados no topo de maior profundidade. O tanque de aprendizagem, piscina infantil, de 12m por 6m, tem uma profundidade máxima de 0,40m e tem três patamares de acesso à parte mais profunda. Da sua constituição fazem parte, também, zona de balneários, instalações sanitárias, posto médico, circulações, receção, sala dos funcionários, zona de piscina e chapinheiro. A zona dos balneários é climatizada e ventilada através de uma unidade de tratamento de ar equipada com bateria de água quente. A zona da piscina é climatizada, ventilada e desumidificada por duas unidades desumidificadoras. A preparação de AQS e o aquecimento dos tanques das piscinas é efetuada por caldeiras a gás.

Entre o conjunto de intervenções a executar está a implementação de isolamento térmico do teto, substituição para iluminação LED, instalação de coletores solares para produção de AQS, água quente sanitária, substituição para caldeiras a pellets, instalação de painéis solares, implementação de novos revestimentos de pavimentos e paredes interiores, separação da nave principal da nave do tanque de aprendizagem, garantir o isolamento térmico das fachadas, bem como a aplicação de um novo acabamento de forma a proteger o isolamento colocado. Os vãos envidraçados serão substituídos por caixilharia com vidro duplo e corte térmico adequados à função a que se destinam, que garantam o isolamento térmico e que mantenham a temperatura constante no interior. ''A reabilitação do edifício é essencialmente ao nível da sua envolvente opaca exterior, de forma a melhorar significativamente o seu comportamento térmico, a introdução de sistemas de energia renováveis, nomeadamente painéis de solar térmico para AQS, e intervenções pontuais no interior de maneira a melhorar a funcionalidade dos espaços e acessibilidades''.

A obra será financiada pelo Portugal 2020, através do Programa Operacional do Norte, e da União Europeia, através do FEDER, Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.


02/06/2022 Jornalista: Sara Esteves

Sociedade


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