A Associação Povo e Natureza do Barroso (PNB), Unidos pela Natureza - Associação de Desenvolvimento de Dornelas, Unidos em Defesa de Covas do Barroso (UDCB), Associação Bio-N, Movimento Não às Minas – Montalegre, Espaço A Sachola, Rede Minas Não e a Iris – Associação Nacional de Ambiente organizaram para a próxima sexta-feira, dia 1 de dezembro, uma caravana antimineração que vai percorrer quatro aldeias dos concelhos de Boticas e Montalegre, para pedir a suspensão e rescisão de todos os contratos de exploração mineira na região do Barroso, território classificado como Património Agrícola Mundial, anunciou esta quinta-feira o Município de Boticas.
O protesto irá atravessar os dois municípios, começando em Morgade, passando pela Borralha, aldeias de Montalegre, seguindo depois em direção a Dornelas e terminando em Covas do Barroso, localidades do concelho de Boticas, onde estão previstos projetos mineiros.
Os movimentos e associações locais querem alertar para a destruição sócio ecológica associada à exploração mineira, nomeadamente de lítio, quartzo e feldspato, e demonstrar a sua união perante a ameaça ambiental dos concelhos de Boticas e Montalegre.
A caravana vai passar pelas duas zonas, Morgade e Covas do Barroso, com projetos de exploração de lítio concessionados às empresas Lusorecursos Portugal Lithium e Savannah Resources, respetivamente, e que obtiveram uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável, mas condicionada.
Segundo a autarquia, a iniciativa tem como objetivos "a defesa dos interesses ambientais e lutar contra os prejuízos incalculáveis que uma possível exploração mineira irá causar na região".
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