O presidente da Câmara Municipal de Boticas afirmou esta quarta-feira, 8 de novembro, à Agência Lusa que o município está a ultimar uma ação de impugnação que pretende travar o avanço da mina do Barroso, projeto que está a ser alvo de investigação e que já levou a buscas em diferentes ministérios e à detenção de cinco pessoas.
Para Fernando Queiroga, a investigação de terça-feira "é sem dúvida uma grande argumentação" para que o projeto da minha do Barroso "não vá para a frente".
O social-democrata revelou ainda que a ação de impugnação dará entrada no tribunal no prazo estimado de 15 dias. O projeto da mina, promovido pela empresa Savannah Lithium, Lda, e que ficará situado em área das freguesias de Dornelas e Covas do Barroso, obteve em maio uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável, embora condicionada à concretização de medidas de compensação e mitigação.
A Mina do Barroso prevê uma exploração de minerais a céu aberto e terá uma duração estimada de 17 anos e uma área de concessão prevista de 593 hectares. O projeto tem sido muito contestado pela população, autarcas e associações ambientais. Em fevereiro de 2022, a Junta de Covas do Barroso interpôs uma ação no Tribunal Administrativo e Fiscal contra o Estado Português e o Ministério da Economia por causa da exploração de lítio.
O processo inclui ainda investigações relacionadas com projetos de exploração de lítio em Montalegre e de hidrogénio em Sines.
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