Setor da resinagem vive momento desafiante
Apesar da falta de mão-de-obra, há um aumento pela procura por resinas naturais, revelou a Resipinus – Associação de Destiladores e Exploradores de Resina, no “Dia do Resineiro” que decorreu no sábado em Chaves.
A “família da resina” uniu-se
pelo segundo ano consecutivo para partilhar experiências, preocupações e
discutir o futuro da atividade no país.
Segundo a Resipinus – Associação de Destiladores e Exploradores de Resina, o setor vive “um momento extremamente desafiante”. Se por um lado a “mão-de-obra nos territórios onde incide a atividade” apresenta “grandes limitações”, por outro lado há “um aumento da procura por matérias-primas de base natural pela indústria global, onde as resinas naturais se apresentam com elevado potencial de aplicação”, revelou esta associação durante a segunda edição do “Dia do Resineiro” que decorreu no sábado, dia 21 de outubro, no Auditório do Centro Cultural Chaves.
Sob o mote “Resinagem Sustentável – Desafios e Soluções”, o “Dia do Resineiro” contou com a presença de diversos atores ligados ao setor da resina, portugueses e espanhóis, designadamente, resineiros, empresas de silvicultura, industriais, organizações de produtores florestais, laboratório colaborativo da floresta (ForestWise), e de algumas entidades públicas, como o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e Agência de Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).
Na sessão de abertura
intervieram, entre outros, Nuno Vaz, Presidente da Câmara Municipal de Chaves e
também em representação da CIMAT, e Marco Ribeiro, Presidente da Resipinus.
Ambos destacaram a importância da resinagem, atividade que explora e transforma
um recurso natural sustentável, e que “pode
contribuir significativamente para a preservação e valorização dos pinhais,
redução de fogos florestais e para a criação de emprego em áreas rurais, sendo,
deste modo, mais uma forma de fixar pessoas nestes territórios”, revelou a
CIMAT em comunicado.
Os trabalhos contaram com vários
oradores que participaram em dois painéis distintos, o primeiro relacionado com
a gestão florestal de áreas de Pinheiro-bravo e técnicas de resinagem
inovadoras na Galiza, e aplicações da resina natural na indústria. As
apresentações ficaram a cargo das empresas Xagoaza Pinaster, AMETLAM e NARES -
Resinas Naturais. No final deste painel, foi apresentada ainda a Comunidade
Terra de resina natural, que pretende agregar todos as pessoas interessadas
nesta temática a nível nacional.
O segundo painel teve como
objetivo promover um debate sobre políticas públicas de apoio ao setor da
resinagem, e para isso, contou com a moderação de Miguel Freitas, a
participação de Henrique Reis do ICNF, DE Rogério Rodrigues do CoLAB ForestWISE
e de Cristina Azurara da AGIF. No final do debate, foram apresentadas as
conclusões dos trabalhos, que ficaram a cargo de Maria Emília da Universidade
de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
O encerramento da sessão contou ainda com a presença da Diretora Regional do Norte do ICNF, Sandra Sarmento e do concerto da Banda Musical de Rebordondo.
24/10/2023 Fotos: Resipinus e RN21
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