CANTO CURTO - OPINIÃO DE SEBASTIÃO IMAGINÁRIO


Para bem do clube, embora não seja a favor de mudanças, a saída do treinador é a melhor solução, não só para serenar os ânimos, trazendo alguma paz de espírito, mas também para devolver a esperança aos adeptos!

Depois de três derrotas, e numa fase em que era importante dar um safanão na “mini-crise”, o desaire com o Moreirense foi mais uma desilusão e uma machada no orgulho dos adeptos dos “Valentes Transmontanos”.

Após a má prestação com o Farense, no Algarve, esperava-se que a nossa equipa tivesse o orgulho ferido e desse outra imagem. Contudo, o golo madrugador do Moreirense veio intranquilizar uma equipa que entrava em campo pressionada e que o descontentamento das bancadas em nada ajudou.

Em boa verdade a equipa também contribuiu para esse estado de coisas. Uma equipa sem dinâmica, sem alma, carente de criatividade, de agressividade, intensidade e sem fio de jogo, era previsível acontecer o que aconteceu…a derrota.

Olhando objetivamente para o que aconteceu, apesar de ser dura, a realidade diz que a nossa equipa joga muito pouco. E isso também se deve a uma evidente crise de confiança!

Fomos sempre muito previsíveis no nosso jogo, circulando a bola preferencialmente na nossa zona defensiva e onde os médios se escondiam, demonstrando ser incapazes de assumir o jogo, obrigando a um futebol direto que só beneficiou a formação de Moreira de Cónegos.

Perder é sempre mau, mas perder da forma como aconteceu é que deixa os adeptos preocupadíssimos.

Uma defesa de manteiga, sobretudo no eixo central, um meio campo em que os jogadores se escondem com medo de ter a bola (Kelechi nunca se assumiu) e um ataque que vive da entrega de Hector Hernández e de Paulo Victor é muito curto para quem quer alcançar a manutenção.

Ou as coisas mudam drasticamente ou a continuar neste cenário, será uma época de grande sofrimento e que muito dificilmente não terminará com uma desilusão.

Parece-me que o plantel tem qualidade para fazer mais e melhor. Com a chegada dos últimos reforços, embora tardiamente fruto de um planeamento muito questionável, há um claro acrescento de qualidade ao mesmo.

Com Ruben Ribeiro e Ruben Lameiras, chegaram dois jogadores capazes de darem criatividade ao jogo da equipa e capazes de agarrarem o jogo pelos colarinhos quando as coisas estiverem a correr mal, um pouco à imagem do que fazia João Teixeira. Com Sanca, a equipa ganha um agitador nas alas.

Naturalmente que a mudança terá que ser na generalidade, com a equipa a jogar “à Chaves” deixando a pele em campo, demonstrando alma e um grande coração!

Claro que ninguém desce ou é campeão quando apenas estão decorridas tão poucas jornadas, mas os sinais mostram um Desportivo de Chaves doente e que precisa de um tratamento de choque!

As reações adversas no final do encontro (aplausos para os jogadores e forte contestação ao treinador) são um sinal evidente do descontentamento da massa associativa para com José Gomes, o qual partiu claramente fragilizado e que não conseguiu inverter essa situação.

Para bem do clube, embora não seja a favor de mudanças, a saída do treinador é a melhor solução, não só para serenar os ânimos, trazendo alguma paz de espírito, mas também para devolver a esperança aos adeptos!


Este artigo é da responsabilidade do autor. 


05/09/2023

Desporto


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