Promovido pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), este projeto-piloto envolveu mais de 1300 crianças, de 44 escolas localizadas em 24 concelhos do País. Os dados revelaram uma evolução positiva de 48% nas capacidades motoras e índices de felicidade de 100%.
Alexandre Aleixo, Guilherme Vilela, Pedro Castro, Tiago Condeço, Tiago Guerra e Sara Santos conduziram o processo de recolha de dados em Montalegre. Foi feita uma avaliação inicial e final a 37 crianças, do 1º ao 4º ano de escolaridade, afetas ao grupo piloto, e também a 33 crianças, a frequentar os 2º e 4º anos, pertencentes ao grupo de controlo.
“No horário das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e Componente de Apoio à Família (CAF), foram desenvolvidas sessões lúdicas de atividade física-desportiva. Durante uma hora, a bola foi o centro das atenções, considerando a relação com o corpo, a relação corpo e bola e a relação corpo-bola-colega(s), procurando proporcionar-lhes experiências através de jogos lúdicos”, explica a investigadora Sara Santos.
Os resultados gerais deste estudo foram apresentados no primeiro dia do congresso “Desporto para crianças e jovens”, organizado pela Portugal Football School a 5 e 6 de maio, na Cidade do Futebol, em Oeiras.
Sara Santos, investigadora do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), foi uma das oradoras principais do congresso “Desporto para crianças e jovens”.
“Re(pensar) o processo de treino para a criatividade: potencialidades e obstáculos” foi o tema que partilhou com a plateia de treinadores, professores e desportistas. Além de destacar as potencialidades de treinar para a criatividade e reconhecer os obstáculos enfrentados pelos treinadores quando incorporam estratégias diferenciadoras nas suas práticas, a investigadora apresentou os resultados mais recentes do programa Skills4Genius.
“Os resultados relacionados com a competência motora, criatividade motora, pensamento divergente e competências socioemocionais em crianças a frequentar o 1º ciclo do Ensino Básico superaram todas as expectativas, reforçando a necessidade de implementar boas práticas para melhorar as habilidades motoras fundamentais. O próximo passo será a disseminação a nível nacional como forma de complemento à Educação Física”, conclui Sara Santos.
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