José Pedro Aguiar Branco, pede que
o Governo proceda “com urgência”, ao
levantamento técnico do estado de conservação do Castelo de Santo Estêvão, “identificando com rigor os danos
estruturais existentes e os riscos de colapso iminente”, lê-se no texto de
Resolução.
O Presidente da AR recomenda
ainda a elaboração e implementação no prazo de seis meses de “um plano de intervenção e reabilitação
integral do castelo, incluindo obras de consolidação estrutural, correção das
infiltrações e recuperação das coberturas e pisos”, e que preveja “a abertura progressiva ao público,
assegurando condições de segurança e fruição cultural, nomeadamente através da
criação de um circuito de visitas e da valorização museológica e histórica do
espaço”, lê-se ainda no texto publicado em Diário da República.
É ainda recomendada a promoção,
em articulação com o Município de Chaves e com a Junta de Freguesia de Santo
Estêvão, “a inclusão do castelo em
roteiros turísticos e culturais da região do Alto Tâmega, fomentando-o como
ativo patrimonial, cultural e económico”.
O Presidente da Assembleia da
República pede que seja estabelecido um plano “permanente de gestão e manutenção preventiva do castelo, a ser
atualizado periodicamente, prevenindo a repetição de situações de abandono ou
degradação”.
O Castelo de Santo Estêvão foi
construído entre os séculos XIII e XIV e é Monumento Nacional desde 1939.
Em junho deste ano, o Presidente
da Câmara Municipal de Chaves, Nuno Vaz, e a Presidente da Junta de Freguesia
de Santo Estêvão, Maria José Barros, alertaram para a degradação da torre e
exigiram uma intervenção urgente por parte das entidades competentes na
salvaguarda do castelo. Também a população desta vila lamentou o estado de
degradação da torre medieval que foi cartão de visita e local de convívio no
passado.
A Assembleia da República aprovou
a 17 de outubro, uma deliberação do Chega que recomenda ao Governo a
recuperação do Castelo de Santo Estêvão, com a abstenção do PSD, PS, IL, Livre
e PCP e CDS-PP.
O Castelo de Santo Estêvão, de
arquitetura militar, terá sido construído no século XIII/XIV em granito. É
composto por rés-do-chão e mais dois andares. Foi sede da casa do povo, acolheu
consultas médicas, local de ensaios do rancho folclórico, jogos de cartas e
bailes.
Estima-se que as últimas
intervenções realizadas na Torre do Castelo, relacionadas com estas patologias,
tenham sido realizadas entre 1945 e 1946.
Sara Esteves
Fotos: Carlos Daniel Morais
Cultura
