Segundo a CIMAT, a distinção
reconhece o projeto “Alto Tâmega e Barroso – Paisagem Viva”, desenvolvido no
âmbito da Bio-Região que reúne os seis municípios desta Comunidade intermunicipal,
Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar.
A edição deste ano registou 17 candidaturas,
das quais 16 foram admitidas, apresentadas por municípios, comunidades
intermunicipais, uma junta de freguesia e organizações não-governamentais. A
avaliação foi conduzida por um júri composto por representantes de 14 entidades
nacionais e regionais, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira,
sendo presidido por um perito nacional de reconhecido mérito na área da
paisagem, conforme previsto no regulamento do prémio.
Entre os projetos admitidos
destacam-se iniciativas de valorização ambiental, gestão florestal, promoção da
biodiversidade, requalificação de espaços naturais e reforço da resiliência
territorial. A par da CIMAT, integraram esta lista candidaturas provenientes de
Oeiras, Odivelas, Cascais, Arganil, Machico, Constância, Região de Coimbra,
Região de Leiria, Viseu Dão Lafões, entre outras.
A distinção atribuída ao projeto
“Paisagem Viva” “sublinha o trabalho de
fundo que a CIMAT tem desenvolvido na promoção da agricultura biológica, no
reforço da economia local e na implementação de medidas sustentáveis de gestão
do território”, lê-se numa nota enviada pela Comunidade Intermunicipal do
Alto Tâmega e Barroso.
“Desde a criação da Bio-Região, o território registou um crescimento
expressivo da área certificada em modo de produção biológica (cerca de 400%) e
um aumento significativo do número de produtores certificados, que passaram de
aproximadamente 80 para mais de 1000”, destaca a CIMAT no mesmo documento.
A estas medidas juntam-se, de
acordo com a CIMAT, “a criação de hortas
pedagógicas em todas as escolas, a instalação de circuitos curtos de
comercialização, o reforço da gestão de biorresíduos, a expansão de programas
de compostagem e um trabalho estruturado de prevenção de incêndios, assegurado
por equipas de sapadores florestais com maquinaria própria”.
O certificado foi entregue pelo
Secretário de Estado da Administração Local e do Ordenamento do Território,
Silvério Regalado, numa cerimónia pública que decorreu no auditório da Direção-Geral
do Território, em Lisboa.
Com esta Menção Especial, a CIMAT vê reconhecida a sua
estratégia integrada de valorização da paisagem, reafirmando o Alto Tâmega e
Barroso como um território de referência nacional em práticas de
sustentabilidade, gestão ambiental e promoção da identidade rural.
Foto: CIMAT
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