Reconhecido desde março como um “projeto estratégico” da
União Europeia, a Mina do Barroso continuará a ser reconhecida como tal face ao
parecer negativo por parte da Comissão Europeia ao pedido de remoção formalizado
em junho pela Associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso (UDCB), em
conjunto com a MiningWatch Portugal e a ClientEarth.
Após revisão, a Comissão Europeia afirma que as alegações
das ONGs são “parcialmente inadmissíveis” e “infundadas”.
Num comunicado enviado às redações, a Savannah Resources
afirma que esta decisão vem “reconfirmar e reforçar” o projeto do Lítio do
Barroso como um projeto estratégico para a Europa e que dá seguimento a outras
“decisões dos tribunais nacionais”.
Ao longo do mesmo comunicado, a empresa britânica refere que
as OGNs “não são representantes das comunidades vizinhas ao Projeto Lítio do
Barroso”. A Savannah indica ainda que apenas um dos vários requerentes tem base
e estrutura local e “que embora se apresente como ONG é, na verdade, base para
um grupo de pessoas cada vez mais radicais, mas que tem vindo a diminuir à
medida que na região se compreende cada vez melhor o Projeto”.
A mina de lítio a céu aberto obteve uma Declaração de
Impacte Ambiental (DIA) condicionada em 2023 e tem sido contestada por
populares, autarcas, associações e ambientalistas. A empresa, cotada na bolsa
alternativa de Londres, prevê iniciar a produção em 2028.
Diogo Batista
Foto: Savannah Resources
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