Festival N2 aposta na partilha de experiências, mais que concertos
De 31 de julho a 02 de agosto, o Jardim Público de Chaves recebe mais uma edição do Festival N2 que tem como cabeças de cartaz Mão Morta, Mundo Segundo & Sam The Kid e Dino D'Santiago. A organização além das sonoridades e artistas “diferentes”, quer proporcionar a partilha de experiência entre os festivaleiros.
A 7ª edição do Festival N2 tem o
mesmo destino, o Jardim Público, mas o caminho traz mudanças seja na escolha
dos artistas como também no reforço da experiência. A organização quer
proporcionar experiências “únicas” e que a música “sirva de banda
sonora” para uma viagem que começa na cidade de Chaves e se prolonga na
mítica Estrada Nacional 2 (EN2).
“São artistas com uma voz
muito própria e cada concerto será uma manifestação de alguma coisa que os
artistas têm para dizer, portanto, sentimos que a nossa comunidade local, a
nossa região precisava de experiências mais do que concertos de música, que são
meramente de entretenimento e, portanto, achamos nós que conseguimos fazer um
cartaz que vai dar essa experiência de festa, de festival, mas ao mesmo tempo,
ter esta vertente que nos leva para casa com alguma coisa diferente”, disse
Diogo Martins, da produtora Indieror, no final da apresentação do evento que
decorreu em Chaves no Complexo Termal Aquae Salutem, um espaço com piscinas de
água termal ao ar livre.
O Festival N2 tem como cabeças de
cartaz Mão Morta (31 de julho), Mundo Segundo & Sam The Kid (1 de agosto) e
Dino D'Santiago (02 de agosto). “Há muitos anos que estávamos a tentar
trazer Mão Morta já era uma incidência há muito tempo. São artistas que, apesar
de serem de nicho, têm uma dimensão muito maior do que aquilo que o Festival N2
consegue captar. Tivemos a sorte de este ano, ou se calhar o acumular de
experiência, que os artistas começam a querer vir ao festival. Aconteceu com os Mão Morta, aconteceu também
com o Dino de Santiago, portanto, foi um conjunto de fatores que permitiu que
estes artistas, que de outra maneira não conseguiam estar cá, conseguissem
estar este ano”, acrescentou.
ORGANIZAÇÃO ESPERA ULTRAPASSAR
OS 18 MIL FESTIVALEIROS DE 2024
O evento é organizado pela Câmara
Municipal de Chaves e pela Indieror e espera ultrapassar os 18 mil
festivaleiros. “As expectativas são muito altas. Estamos a falar de um
festival que nasceu, há oito anos e tem sete edições, uma das quais, falhada
por causa da pandemia, mas o que esperamos do Festival N2 é que possa congregar
pessoas, destinos e que possa trazer até Chaves, naturalmente os flavienses,
também os nossos vizinhos, os galegos, e pessoas de outros pontos do país que
gostam mesmo de festivais”, disse Nuno Vaz, Presidente da Câmara Municipal
de Chaves.
“No ano passado tivemos à
volta de 18 mil festivaleiros. Se mantivermos o número ficamos felizes, mas
gostávamos de chegar aos 20 mil”, admitiu Diogo Martins.
PALCO VIAGEM DÁ LUGAR AO PALCO
PARAGEM E REFEIÇÕES PREPARADAS POR CHEF DE COZINHA
O recinto do festival terá dois
palcos. O palco viagem será agora paragem para “concentrar as pessoas no
recinto”.
“O objetivo era que a
experiência de festival que existe nos grandes festivais se tentasse replicar
cá, ou seja, que as pessoas vão ao festival à tarde, que fiquem para comer e
que fiquem para os concertos da noite, pronto, que façam ali uma maratona de música”,
adianta a produtora.
As refeições serão preparadas
pelo chef de cozinha, Vítor Cunha, que também ele, segundo a organização,
contribuirá com “experiências diferenciadas”.
“Noutros anos
tínhamos tentado dar concessões dos espaços, sentimos sempre que nos foge um
bocadinho ao controle aquilo que é a qualidade e assim, temos a certeza que a
qualidade será o que estamos à espera e não vai fugir muito dali”.
Tal como em outras edições, a
preocupação pela sustentabilidade ambiental mantém-se.
“Os cuidados mantêm-se (…) Há
coisas que nós queremos mudar, nomeadamente aquilo que é a gestão dos resíduos
depois do festival. Há muita coisa que nos foge ao controlo quando acaba a fase
de produção. Empresas que são contratadas e que muitas vezes deixam o jardim de
uma maneira que nós não gostávamos. Aconteceu o ano passado, tentamos mudar
isso, portanto, vamos ter cuidado redobrado naquilo que é a manutenção do
jardim, para que não aconteçam esse tipo de coisas”, destaca Diogo Martins.
Esta edição a Câmara Municipal
investiu cerca de 200 mil euros, um valor superior a outras edições, mas com um
orçamento menor em relação a outros festivais.
“Ainda que naturalmente o
nosso orçamento seja um orçamento mais reduzido, mas com aquilo que é a
competência, o conhecimento, e também o compromisso com os jovens artistas,
temos um cartaz de primeiro nível e certamente eu acredito que seja o melhor
festival de sempre da Nacional 2”, afirmou o autarca flaviense.
“É importante salientar que
70% do orçamento fica na região, e isso é muito importante, porque é
investimento que o município faz, mas que fica cá e, portanto, isso é muito
importante”, realça Diogo Martins, da produtora Indieror.
A apresentação da sétima edição do
DJ Wild, assinalando simbolicamente o arranque da viagem deste ano.
A 7ª edição do Festival N2 tem
confirmadas atuações de Margarida (31 de julho), Club Makumba (31 de julho), DJ
Nuno Calado (31 de julho), Redoma (01 de agosto), Fidju Kitxora (01 de agosto),
Dan’s Revival (01 de agosto), Inês Marques Lucas (2 de agosto), Da Chick (02 de
agosto) e BIÉ (02 de agosto). Alex D’Alva será o DJ residente
O evento tem entrada gratuita.
Texto: Sara Esteves
Fotos: Festival N2
17/06/2025
Cultura
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