Luís Nunes conquista o primeiro triunfo de 2025 na Rampa Porca de Murça
Piloto valpacense venceu a categoria Super Challenge e a na Rampa Porca de Murça, primeira prova do Campeonato de Portugal de Montanha de 2025.
Foi em terras transmontanas que o
Campeonato de Portugal de Montanha viu ‘luz verde’ nesta época 2025. Murça foi
o cenário escolhido para o primeiro ato do espetáculo da montanha, que todos os
anos atrai milhares de fãs. A Rampa Porca de Murça, com 4.200 m de comprimento,
um desnível de 230 m e uma inclinação média de 5.5% (11,56% de inclinação
máxima) foi a arena onde os artistas do volante lutaram pelos melhores lugares.
Luís Nunes, da Nunes Sport, chefe
e piloto da estrutura, foi uma das estrelas do fim de semana. Aos comandos do
seu Skoda Fabia R5, voltou a triunfar na categoria Super Challenge e na Divisão
S.C.A, num fim de semana em que a meteorologia pregou várias partidas aos
pilotos. O furação de Valpaços, como é apelidado, soube recuperar do azar de
sábado e ainda esteve na luta do pódio à geral.
“Foi uma primeira Rampa muito
difícil e muito exigente. Nos últimos anos, não me lembro de uma prova com
condições tão variáveis. O fim de semana ficou logo condicionado pela primeira
subida oficial. Depois dos treinos terem dado boas indicações, fomos para a
pré-partida com pneus slicks montados, uma vez que a pista estava seca. De um
momento para o outro começou a chover e tivemos de subir com aqueles pneus. Foi
um susto a cada curva. Focamo-nos apenas em sobreviver e a levar o carro até ao
fim sem danos. No entanto, era um resultado para esquecer e o domingo teria de
ser feito ao ataque”, revelou o piloto de Carrazedo de Montenegro.
Na segunda subida oficial Luís Nunes
foi novamente mais rápido nos Super Challenge, com uma diferença de apenas
2.810 para o primeiro classificado. Na terceira subida, novamente com a pista molhada,
mas a evoluir para seco, o piloto ultrapassou mais um desafio. Luís Nunes
voltou a ser o mais rápido nos Super Challenge, carimbando a primeira vitória
do ano.
O valpacense admite que ainda
piscou o olho ao pódio à geral, pois gosta de conduzir à chuva, mas o azar de
sábado acabou por lhe ‘roubar’ essa possibilidade.
“No domingo, as condições
foram menos difíceis de ler, mas ainda assim desafiantes. Conseguimos sempre
ser os mais rápidos da nossa divisão e graças a isso vencemos, o que era o
nosso principal objetivo. Reconheço que ainda pensei no pódio à geral, pois eu
gosto de conduzir com chuva, mas a sorte não esteve do meu lado e a
meteorologia pregou-nos uma partida no sábado”, disse, citado em
comunicado.
“Mesmo nas restantes subidas
foi complicado encontrar a afinação certa e o compromisso ideal para sermos
ainda mais competitivos. Pelo que fiz nas subidas de treinos, acredito que era
possível bater o tempo que fiz no ano passado mesmo com condições mais difíceis.
Mas com condições tão voláteis, acabamos por cumprir o objetivo principal, que
era a vitória e no domingo estivemos sempre no lote dos mais rápidos, mesmo
entre protótipos e os GTs teoricamente mais velozes. Isto, sem contar com a
mais recente alteração aos regulamentos que colocou mais 40 kg no meu carro,
nada que nos surpreenda, mas que não nos tirou do topo da tabela de tempos
porque não vergamos com facilidade, somos pessoas humildes, respeitadoras,
trabalhadoras e sérias. As vitórias não aparecem por acaso, dão muito trabalho
e os carros não andam sozinhos. Tanto eu como a ARC Sport, que esteve mais uma
vez insuperável no trabalho desenvolvido, saímos de Murça com os objetivos
atingidos, com a sensação de missão cumprida e com uma mega motivação para o
resto do campeonato”, concluiu o piloto que agradeceu ainda o público
presente que o esteve a apoiar.
A próxima prova está agendada para
5 a 6 de abril, na Rampa da Penha.
Sara Esteves
Fotos: Nunes Sport
26/03/2025
Desporto
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