Dia do Mulher: Misericórdia de Chaves homenageia utentes residentes e destaca papel da cuidadora
De forma a assinalar o Dia Internacional da Mulher, utentes da Santa Casa da Misericórdia de Chaves foram presenteadas com ações de beleza e bem-estar. A iniciativa teve como objetivo fomentar o bem-estar e autoestima das residentes e lembrar o papel das colaboradoras cuidadoras.
A
iniciativa inserida no plano anual de atividades da instituição proporcionou massagens
de relaxamento, tratamento estético de mãos e pés, corte de cabelo e
maquilhagem, num ambiente especialmente criado para o efeito, onde não faltaram
velas, música relaxante, aromaterapia e, num gesto de carinho, a entrega de uma
lembrança simbólica.
“Um spa
improvisado na sala de animação”, o propósito, referiu a animadora
sociocultural “dar às nossas utentes um mimo especial, contribuir sobretudo para
o seu bem-estar e autoestima”. “As reações são muito positivas. Para muitas
delas é a primeira vez”, destacou Marisa Alves lembrando os percursos de vida
das utentes marcados, essencialmente, “pela dureza do trabalho”.
Evocar emoções positivas e fomentar o
bem-estar
A reação de entusiasmo de Alice Nobre quando se viu ao espelho, depois do novo corte de cabelo, foi notada por todos, “afinal até estou bonita”, exclamou, rindo, e fazendo rir as demais. “Foi um carinho bonito”, disse a residente do Lar Nossa Senhora da Conceição, de 94 anos.
A iniciativa tocou o lado emocional de Belém Rocha, “ao menos ainda sou alguma coisa, não sou um trapo velho”, referiu a utente de 85 anos, depois de receber as massagens faciais e tratamento de mãos, acrescentando, “é sempre bom estarmos no meio de pessoas que nos ajudam a sentirmo-nos melhor”.
“Tive
uma vida de muito trabalho. Agora cuidam de mim e sou eu que dou trabalho aos
outros”, declarava Emília Lopes, manifestando vontade de continuar na sessão de
massagens, “estava muito bem, continuava o resto do dia se pudesse”.
A importância do cuidador de pessoas
Para
além de homenagear as utentes residentes na Santa Casa da Misericórdia de
Chaves e ouvir as suas histórias de vida, valorizar o seu papel e o seu
contributo tanto no contexto familiar como nas comunidades onde estavam
inseridas, a data oficializada pelas Nações Unidas em 1975 serviu também para
lembrar o trabalho desenvolvido, em grande maioria no feminino, na instituição
que presta serviço 24 horas por dia. Trabalho muitas vezes invisível para a
sociedade, mas fundamental no dia a dia da instituição.
De
referir que os cuidados de beleza e atividades de bem-estar contaram também com
a colaboração de trabalhadoras auxiliares e ajudantes de ação médica, sendo extensíveis
às utentes residentes que se encontram em situação de maior dependência.
Sandra Gonçalves
14/03/2025
Sociedade
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