A 38.º edição do Congresso de
Medicina Popular, realizado na aldeia de Vilar de Perdizes, no concelho de
Montalegre, decorre de 30 de agosto a 1 de setembro e a organização do evento
quer inscrever o evento, lançado pelo padre Fontes, no Inventário Nacional do
Património Cultural Imaterial.
“Este congresso merece
destaque a nível nacional e a nível mundial. Lançaram-nos este desafio para o
qual olhamos com bons olhos. Temos a ambição de dar este presente ao padre
Fontes”, disse Nuno Alves, presidente da Associação de Defesa do Património
de Vilar de Perdizes, citado numa publicação do município de Montalegre.
O responsável pela associação que
organiza o evento afirmou ainda que este “será um primeiro passo para uma
candidatura ao Património Mundial da UNESCO”.
O evento visa “reforçar o
valor da medicina popular e o poder das plantas para combater doenças”. Segundo
a autarquia, “foi a junção do sagrado e do profano protagonizado pelo padre
Fontes que chamou a atenção para esta iniciativa”.
“O congresso não só celebra
essas práticas, mas também as revitaliza, incentivando o uso sustentável de
plantas medicinais e outras terapias naturais, garantindo que esses
conhecimentos sejam transmitidos e adaptados às necessidades contemporâneas.
Para além dos investigadores e estudiosos destas matérias, o congresso está de
portas abertas a todos, desde curandeiros, bruxos, videntes, médiuns,
astrólogos, tarólogos, massagistas, muitos curiosos e turistas”, destaca a autarquia
de Montalegre.
A 38.º edição do Congresso de
Medicina Popular, certame que decorre durante três dias na mítica aldeia de
Vilar de Perdizes, contará com 40 stands e é organizado pela Associação de
Defesa do Património Vilar de Perdizes, em parceria com o Município de
Montalegre, Ecomuseu de Barroso e a União de Freguesias de Vilar de Perdizes e
Meixide.
A abertura do congresso está marcada para as 19 horas de sexta-feira, 30 de agosto, e contará com a presença de Nuno Alves, presidente da Associação de Defesa do Património Vilar de Perdizes, do Padre António Fontes, fundador do congresso, João Araújo, presidente da União de Freguesias de Vilar de Perdizes e Meixide e Fátima Fernandes, presidente do município de Montalegre. O evento conta com exposição de plantas, homenagem a pessoas da terra com saber popular, apresentação do livro “O Despertar da Alma”, relatos de organizadores do congresso de medicina, animação, workshops, discussão de diferentes temas, espetáculo, prova de BTT, caminhada e eucaristia. Do cartaz faz ainda parte a tradicional queimada esconjurada pelo mítico Padre Fontes.
Sara Esteves
Foto: CM Montalegre
Cultura