Mulheres estreiam-se no registo da toponímia aguiarense


As alterações na toponímia, que se revelam homenagens póstumas, a mulheres foram aprovadas por unanimidade.

A Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar aprovou, a 25 de julho, pela primeira vez, nomes de mulheres para novos topónimos de ruas no território reconhecendo os contributos de Pedrina Aurora e Zulmira Morais para o desenvolvimento do concelho.

Pedrina Aurora esteve emigrada no Brasil e mais tarde regressou para residir com seu marido Acácio de Sousa numa casa construída junto à estrada municipal. O casal cedeu terrenos onde agora é o centro da aldeia e, mais tarde, a benfeitora ofereceu vários terrenos aos emigrantes da aldeia que regressaram para construir habitação.

Zulmira Morais foi a última senhora da Casa da Freixeda, uma casa senhorial que envolve o marco geodésico Penicoto, tendo sido também proprietária de edifícios na principal rua da sede de concelho. No livro Memórias da Freixeda, de Floripo Salvador, realça-se que “no início do século anterior ainda era tradição cozer-se, diariamente, pão na Casa das Senhoras para distribuir aos pobres”. Zulmira de Morais acolheu várias meninas da aldeia e deu-lhes a possibilidade de estudar e algumas acabaram por exercer enfermagem.

A proposta relativa à Freguesia de Capeludos de Aguiar altera os topónimos de ruas na localidade de Freixeda passando a travessa da Corga a ser Rua Pedrina Aurora, a Rua da Portela passa a Rua Zulmira Morais e o Largo da Capela passa a ser Largo Acácio de Sousa.

 

Foto: CM Vila Pouca de Aguiar


26/07/2024

Sociedade


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