''Ginásio Clube de Chaves - Repositório possível de memórias descritivas e documentais'', apresentado no TEF


Um livro da autoria de Altino Rio que descreve as passagens mais significativas de uma Associação desportiva, cultural e recreativa, criada em 1977, dinamizadora de desporto amador saudável e promotora de talentos, fomentando também a cultura e recreação.

Foi oportuna a apresentação ter ocorrido no átrio do TEF, pela partilha do mesmo espaço no Forte S. Francisco durante uma década e um reconhecimento ao trabalho desta entidade. O autor teve o privilégio de ter três vereadores da CMC, sendo que o apresentador, Nuno Chaves, esteve na qualidade de amigo. O publico encheu por completo o espaço disponível, estando presentes a vereadora Paula Chaves, ex-presidentes, dirigentes, atletas do Clube e muitos amigos, que encheu de orgulho e felicidade o promotor desta iniciativa. Abriu a sessão a presidente da Direção do TEF, Alexandrina Martins, que deu as boas vindas, ficando honrada com a escolha do espaço e parabenizou o autor pela obra. O representante da Autarquia, Francisco Melo, felicitou o autor e teceu algumas considerações sobre a origem das organizações desportivas e os cuidados a ter com o registo e interpretação da memória, agradecendo o contributo por mais um documento importante para a história da nossa terra. O apresentador do livro, Nuno Chaves, ele também um interveniente ativo nesta área, fez a apresentação do autor e após um enquadramento do Associativismo e a sua relação com as conquistas de abril, ano em que se comemora o 50º aniversário, fez uma descrição e análise da obra de forma clara e competente. Escreveu na sua mensagem da Autarquia ” O nascimento do Ginásio Clube de Chaves marcou não apenas o aparecimento de mais um clube desportivo, mas também o florescer de uma ideia revolucionaria, que se consubstanciou numa transformação social da comunidade Flaviense”.

Por fim o autor, que logo se definiu como pesquisador e não escritor, descreveu o percurso de 3 anos de investigação de recolhas descritivas dos diferentes interventores e documentais tendo destacado como grande responsável o amigo Amílcar Neves que teve o bom senso de guardar uma parte significativa dos documentos. Na sua apresentação estabeleceu com o publico presente uma interessante comunicação, apelando pontualmente à intervenção dos presentes com oportunas passagens vividas pelos próprios.  Teve o privilegio de ter o testemunho dos amigos Herculano Pombo, com quem mantém “uma parceria de mais de três décadas de semear memórias na poulas do futuro” e que citou Irene Vaquinha ”a importância da memória como factor de unidade de confiança, um apego afectivo ao espaço e um compromisso ético com a governação local” e do Florêncio Feitas que no prefácio afirma - o Ginásio Clube de Chaves esteve entre as primeiras 12 associações criadas no distrito pós 25 de Abril, fazendo um histórico legislativo da evolução do associativismo, terminando “por circunstâncias várias, o tempo já não apela à socialização nem partilha intergeracional dos mesmos espaços”.

O autor recebeu diversas mensagens particular que selecionou a do “maior atleta” deste Clube, João Junqueira que lhe transmitiu “O Ginásio Clube de Chaves representou para toda uma geração em geral e para mim em particular a possibilidade de poder iniciar e praticar regularmente a modalidade que me permitiu conquistar os mais variados títulos nacionais e internacionais, com o culminar da participação nos jogos olímpicos”. Fez referência à importância desta “espécie de monografia” e elogiou o amigo por este contributo.

Foi lembrado pelo ex-dirigente Júlio José do Nascimento, com a concórdia de todos, o Professor Alberto Mendonça pelo notável contributo que deu ao desporto da cidade em geral e a esta Clube em particular, merecedor de uma justa homenagem pelas entidades competentes, associando também o nome de João Junqueira.

A cerimónia terminou com um “Chaves de honra”, preparado pelas responsáveis pelo apoio logístico, Manuela Barreira e Ivone Xavier, e com a prestimosa ajuda dos colaboradores do TEF.

No final o autor sentia-se realizado por mais um trabalho concluído, de serviço público, em prol do registo da memória de um clube icónico e inspirador de ensinamentos e reflexões para o futuro dos seguidores destes projectos.

 

Altino Rio


02/07/2024

Cultura


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