A presidente da Câmara de
Montalegre, Fátima Fernandes, vai a Bruxelas sensibilizar os eurodeputados
portugueses para o Património Agrícola Mundial e pedir uma majoração dos apoios
concedidos ao Barroso para a valorização do território e das comunidades, disse
na quinta-feira, 11 de abril.
À margem do colóquio “Desafios
para a agricultura do Barroso”, a autarca socialista frisou que queremos
mais e, por isso mesmo, solicitámos uma reunião em Bruxelas para levarmos em
mão este dossier do Património Agrícola Mundial”. A ideia é “que se
perceba que é preciso majorar ainda mais estes subsídios, porque temos, em
primeiro lugar, que respeitar esta distinção que tanto nos honra e que é única
no país”.
A região do Barroso, que abrange
os concelhos de Boticas e Montalegre, mereceu em abril de 2018 a certificação
do Sistema Agro-Silvo-Pastoril do Barroso como SIPAM, atribuída pela Organização
das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), sendo esta área
classificada como Património Agrícola Mundial.
No decorrer do colóquio sobre
agricultura no Barroso foram abordadas as novas regras do Plano Estratégico da
Política Agrícola Comum (PAC) onde, relativamente à gestão do pastoreio em
áreas de baldio, o concelho viu ser retirada uma área de 36%, com consequente
perda de financiamento.
O colóquio “Desafios para a
agricultura do Barroso”, dirigido aos agricultores do território, realizado
na quinta-feira no Pavilhão Multiusos do concelho resultou de uma iniciativa da
Associação dos Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro
(APPITAD), enquadrada no âmbito do projeto RURAL ON, que contou com a
colaboração na organização do Município de Montalegre e da Associação de
Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega (ADRAT).
A Presidente da Câmara Municipal
de Montalegre já havia solicitado também uma reunião com o novo ministro da
Agricultura para dar conta das preocupações dos agricultores do território que
foram confrontados com a redução de financiamento em áreas de baldio, que não
estão elegíveis para atribuição de subsídios, atribuídos pelo Instituto de
Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), no âmbito do novo quadro
comunitário 2030.
O pedido de audiência foi
dirigido aos eurodeputados que representam Portugal na União Europeia.
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