A Câmara Municipal de Montalegre está
a implementar nas vilas de Montalegre e Salto um projeto-piloto de separação de
biorresíduos com base num sistema de separação na fonte, em recipiente próprio.
O "RecolhaBio" quer
reduzir a quantidade de biorresíduos a colocar em aterro, diminuir os custos
relacionados com o seu transporte e deposição e obter um composto 100% natural
reutilizável em jardins ou hortas, promovendo a economia circular, a
sustentabilidade e a qualidade ambiental do território, revelou a autarquia
barrosã.
O município destaca que não
existia qualquer tipo de separação seletiva dos biorresíduos implementada, quer
para utilizadores domésticos, quer para utilizadores não domésticos, e que os biorresíduos
produzidos no concelho, que correspondem a cerca de 40%, estavam a ser
desviados para compostagem, quer comunitária quer doméstica.
“Atualmente, tendo em conta a
quantidade total de resíduos indiferenciados produzidos no concelho de
Montalegre e a caraterização física dos mesmos, onde os biorresíduos
representam cerca de 34.84 %, a quantidade de biorresíduos que são depositados
nos contentores de resíduos indiferenciados, existentes na via pública, é de
cerca de 3.307kg por dia, isto é, um potencial anual de produção e recolha de
biorresíduos de cerca de 1.207 toneladas”.
Com este projeto, os resíduos
alimentares e de jardim entregues passam a ser transformados em adubo natural e
energia elétrica. “A população abrangida será brevemente visitada onde irá
receber um pequeno balde, para separação dos seus biorresíduos, e uma chave
eletrónica para abertura do contentor de recolha deste tipo de resíduos que
serve a sua zona de residência”, salienta a autarquia em nota divulgada.
Este projeto resulta de uma
candidatura aprovada ao Fundo Ambiental num investimento próximo dos 75 mil
euros. O "RecolhaBio" está a ser implementado nestas duas
vilas do concelho, mas deverá chegar a outras localidades.
Sociedade