Cerca de três dezenas de
organizações juntaram-se para erguer a 9ª edição do Encontro Nacional pela
Justiça Climática que irá refletir sobre a transição climática justa em Portugal
e sobre as soluções para construir um presente e futuro mais justos e
sustentáveis, adiantou a organização.
A iniciativa vai acolher cerca de
15 eventos entre debates, workshops e concertos onde serão discutidos temas
como o clima e o oceano, a “urgência” de promover soluções de mobilidade
sustentável e pública, o combate à pobreza energética, o “imperativo” de
abandonar de vez os combustíveis fósseis e atingir a neutralidade carbónica até
2030.
O ENJC é um evento anual que
reúne ativistas, cientistas, líderes comunitários e cidadãos para “debater e
desenvolver estratégias para travar a crise climática, através de uma transição
energética, alinhada com os prazos ditados pela ciência e direcionada para a
justiça climática e social, que deve ser coordenada, equilibrada e não deixar
ninguém para trás”, salienta a organização em comunicado. Este é um espaço
de “partilha de conhecimentos e experiências”, onde se pode ficar a
conhecer “as batalhas que se enfrentam, quem as está a travar e as soluções
e caminhos a percorrer na luta pela justiça climática”.
A iniciativa quer ainda demonstrar
solidariedade com a luta dos movimentos locais contra a mina de lítio a céu
aberto, no Barroso, classificado pelas Nações Unidas como Património Agrícola
Mundial.
“As populações locais, que
mantêm este território há séculos, sabem que a crise climática e ecológica não
se combate destruindo regiões como esta, em prol do lucro de algumas empresas,
mas sim preservando-as”, lê-se ainda na nota divulgada.
Integram a organização do
Encontro a Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis,
Climáximo, Empregos para o Clima, Montalegre Com Vida, MUBi – Associação pela Mobilidade
Urbana em Bicicleta, OIKOS, Quercus, Sciaena, Último Recurso, UMAR, Unidos em Defesa
de Covas do Barroso, XR Portugal e a ZERO – Associação Sistema Terrestre
Sustentável.
O ENJC conta ainda com o apoio das
Associação Dunas Livres, Associação Unidos pela Natureza, Coopérnico, Ecomood
Portugal, GEOTA, GPSA – Preservação da Serra da Argemela, Instituto Marquês
Valle Flor, MiningWatch Portugal/Observatório Ibérico da Mineração, Movimento
SOS Serra d'Arga, Povo e Natureza do Barroso, Reboot, Rede para o Decrescimento,
Scientist Rebellion Portugal, TROCA – Plataforma por um Comércio Internacional Justo,
Veredas da Estrela e Youth Climate Leaders.
Sociedade