Psiquiatras e empregada que casou com idoso milionário no registo de Ribeira de Pena foram condenados


O idoso morreu dois meses depois e tinha uma fortuna avaliada pelo tribunal em cerca de dois milhões de euros.

O Tribunal de Bragança condenou na segunda-feira, 5 de fevereiro, uma empregada a uma pena suspensa e dois médicos psiquiatras a multas, no caso do casamento e testamento de um idoso com uma fortuna avaliada em dois milhões de euros. O casamento aconteceu em 2017 no Registo Civil de Ribeira de Pena.

Segundo a agência Lusa, a arguida, de 59 anos, foi condenada a dois anos e oito meses, de pena suspensa por igual período, por um crime de sequestro, por ter levado o idoso de casa apesar das indicações em contrário da filha, nomeada tutora, bem como a pagar 840 euros, correspondentes a 70 dias de multa, por uso de atestado falso.

Já os psiquiatras de 74 e 73 anos têm que pagar 8.000 e 6.000 euros, respetivamente, de 200 e 120 dias de multa, por atestado médico falso e falsas declarações.

Uma psicóloga e uma oficial de Registo Civil foram absolvidas, por não ter ficado provado que agiram com dolo.

O caso começou em 04 de maio de 2017, quando a empregada casou com o patrão, com 101 anos, no Registo Civil de Ribeira de Pena, Vila Real, a mais de 150 quilómetros da aldeia de Parada, Bragança, onde moravam.

Dias a seguir ao casamento, a 10 de maio de 2017, deslocaram-se a Vieira do Minho, Braga, para lavrar um testamento que tinha como beneficiária a empregada.

O idoso morreu dois meses depois e tinha uma fortuna avaliada pelo tribunal em cerca de dois milhões de euros. O casamento e o testamento foram já anulados pelo tribunal, sendo dado como provado que o idoso padecia de demência. Foram agora a julgamento os factos que permitiram que fossem realizados.

 


06/02/2024 Repórter de imagem: DR

Sociedade


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