Um homem, acusado em setembro pelo Ministério Público (MP) pelo crime de homicídio qualificado e por crime de detenção de arma proibida começa a ser julgado a 29 de janeiro por um tribunal de júri em Vila Real, pela suspeita de ter matado o irmão, a 26 de fevereiro, em Sabroso de Aguiar, no concelho de Vila Pouca de Aguiar.
O arguido, um agricultor, na
altura com 47 anos, é suspeito de matar o irmão, de 58 anos, a tiro, “com recurso a espingarda após uma discussão
por questões relacionadas com terrenos e com gado”, revelou o despacho da
Procuradoria-Geral Distrital do Porto.
O crime aconteceu pelas 17h30 de
domingo, 26 de fevereiro de 2023 em Sabroso de Aguiar, concelho de Vila Pouca
de Aguiar, e de acordo com o Ministério Público, o arguido, após uma discussão
com o seu irmão, “deslocou-se ao interior
da sua residência e aí muniu-se de uma arma de fogo, tipo espingarda. Após,
dirigiu-se novamente ao seu irmão, abeirou-se deste, encostou-lhe a arma ao
corpo e efetuou um disparo que lhe causou lesões abdominais que determinaram a
morte”, lê-se em nota publicada pela Procuradoria-Geral Distrital do Porto.
Segundo o MP, para além da
referida arma, o arguido “guardava no
interior da sua habitação 22 cartuchos de calibre 12, não possuindo qualquer
licença de uso e porte de armas ou de detenção no domicílio nem de qualquer
autorização de aquisição para o efeito”.
O arguido está a aguardar julgamento em prisão preventiva.
De acordo com o Ministério
Público, o tribunal do júri é “constituído
por três juízes de carreira e quatro jurados, que julgam processos por certos
tipos de crime, a pedido do Ministério Público, do assistente ou do arguido”,
sendo que “depois de requerida, não é
possível renunciar à constituição do tribunal de júri”.
Sociedade