A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) lançaram na quarta-feira, dia 28 de novembro, a Campanha de Segurança Rodoviária “Ao volante, o telemóvel pode esperar”, inserida no Plano Nacional de Fiscalização (PNF) de 2023, e a decorrer entre os dias 28 de novembro e 4 de dezembro.
Segundo a GNR, "a 50 km/h, olhar para o telemóvel durante 3 segundos é o mesmo que conduzir uma distância de 42 metros com os olhos vendados, o equivalente a uma fila de 10 carros".
A utilização do telemóvel durante a condução "aumenta em quatro vezes a probabilidade de ter um acidente, causando um aumento no tempo de reação a situações imprevistas", explica esta autoridade.
A campanha “Ao volante, o telemóvel pode esperar” integra ações de sensibilização da ANSR em território continental e dos organismos e serviços da administração regional da Região Autónoma dos Açores e da Região Autónoma da Madeira. Integra ainda operações de fiscalização pela GNR e pela PSP, com especial incidência em vias e acessos com elevado fluxo rodoviário e de acordo com o Plano Nacional de Fiscalização 2023, de forma "a contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de acidentes e para a adoção de comportamentos mais seguros por parte dos condutores no que respeita ao manuseamento do telemóvel durante a condução".
As ações de sensibilização ocorreram em simultâneo com operações de fiscalização na A1 – Portagens de Alverca e na quarta-feira, dia 29 de novembro, na Avenida Miguel Torga, em Chaves, na quinta-feira na A4 em Quintanilha, Bragança e no dia 4 de dezembro, na Praça da República, no Porto.
A ANSR, a GNR e a PSP relembram em comunicado que o uso do telemóvel ao volante "é um risco para a segurança do próprio e dos outros". Os condutores que utilizam o telemóvel durante a condução "são mais lentos a reconhecer e a reagir a perigos" e a distração ocorre "quando duas tarefas mentais, conduzir e utilizar o telemóvel, são executadas ao mesmo tempo, o que provoca lapsos de atenção e erros de avaliação".
Também o uso de aparelhos eletrónicos durante a condução "causa dificuldade na interpretação da sinalização e desrespeito pelas regras de cedência de passagem, designadamente em relação aos peões".
Esta é a última das 11 campanhas de sensibilização e de fiscalização planeadas no âmbito do PNF de 2023.
As campanhas inseridas nos planos nacionais de fiscalização são realizadas anualmente pela ANSR, GNR e PSP, desde 2020, com temáticas definidas com base nas recomendações europeias estabelecidas para cada um dos anos.
Nas dez campanhas já levadas a cabo este ano, foram realizadas 51 ações, durante as quais mais de 3700 pessoas foram sensibilizadas presencialmente. Quanto a ações de fiscalização, o número de condutores fiscalizados presencialmente foi superior a 498 mil e cerca de 10,4 milhões de veículos foram fiscalizados através de radares.
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