O Centro de Recuperação de Animais Selvagens (CRAS), do Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, vai devolver à Natureza uma águia-cobreira (Circaetus gallicus), na próxima quinta feira, 28 de setembro, no Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar.
Segundo a UTAD, esta ave, em recuperação há quatro meses, veio transferida do Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto (CRASM), onde deu entrada com lesões na asa direita (fratura da ulna e do metacarpo), na sequência de um disparo. “Nos túneis de voo do CRAS, exercitou-se para recuperar a forma física necessária para poder ser devolvida, em segurança, ao seu habitat”, revela em nota de imprensa a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
A ave voará em direção ao céu, perante o olhar atento de mais de uma centena de alunos, do 4º ao 8º ano de escolaridade, acompanhados pelos professores e elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Vila Pouca de Aguiar.
Com estatuto de conservação de “Quase
ameaçada” em Portugal, a águia-cobreira é “uma
ave de rapina de grande porte e pode atingir 180 cm de envergadura. As suas
asas são compridas e largas, sendo facilmente reconhecível pelas penas brancas
da face ventral e pelos olhos grandes e amarelos”. Esta espécie estival, que
chega geralmente em março e parte em setembro, alimenta-se quase exclusivamente
de répteis. Pode ser vista a planar em círculos a elevada altitude ou a peneirar,
permanecer imóvel no ar através de pequenos ajustes nas asas.
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