A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) exige ao Ministério da Agricultura que apoie os agricultores que foram afetados pelo mau tempo que se fez sentir no sábado, 2 de setembro, nos concelho de Valpaços, Mirandela e Macedo de Cavaleiros.
O CNA reclama à tutela “o rápido levantamento dos prejuízos junto
dos agricultores, a simplificação dos processos administrativos e que a
indemnizações e os apoios se concretizem e cheguem rapidamente paga aos
produtores”.
A queda intensa de chuva e
granizo, que assolou sobretudo a região de Trás os-Montes destruiu vinhas por
vindimar, árvores de fruto e hortícolas, causando perdas de produção que,
nalguns casos, foram totais e milhares de euros de prejuízos. No olival, a
maior parte da azeitona foi para o chão, agravando as dificuldades dos
produtores de azeite, que no ano passado tiveram uma produção muito baixa e
este ano já estavam ameaçados pela seca.
Em nota enviada às redações, a
Confederação recorda que “numa situação
em que os agricultores estão financeiramente fragilizados por vários fatores,
como os elevados custos de produção ou a seca, o Ministério da Agricultura não
pode continuar a arrastar-se atrás do prejuízo. Não se admite que se repitam
incessantemente situações em que os produtores tarde ou nunca recebam as
indemnizações devidas, como acontece, por exemplo, com os lesados pelos
incêndios do ano passado na Serra da Estrela, que ainda continuam à espera dos
apoios”.
A Confederação Nacional da
Agricultura vai mais longe e assegura em comunicado que o Ministério da
Agricultura “continua sem implementar as
prometidas ajudas para compensar os efeitos da seca e a ajuda de 50€ para os
pequenos agricultores, ao abrigo do chamado acordo “IVA Zero” e depois de muita
contestação da CNA, não saiu dos gabinetes do Ministério”.
A CNA reforça, ainda, que o aumento da frequência e intensidade de fenómenos extremos “exige soluções de médio e longo prazos para a estabilidade produtiva e financeira dos produtores”, salientando que “é cada vez mais evidente a justeza da reclamação da CNA e filiadas pela concretização de Seguros Agrícolas Públicos, adequados à realidade das produções e da Agricultura Familiar, já que os existentes não são adequados à maioria dos agricultores”, termina por dizer a Direção do CNA.
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