Ivo Oliveira explica que com esta articulação entre
as duas instituições de saúde é possível “reduzir,
para um mês, o tempo de espera desde o envio do centro de saúde até ao
tratamento no hospital, para casos prioritários”.
Em comunicado a Diretora do Serviço de Pneumologia,
Ana Loureiro explica que “neste momento,
a patologia do sono constitui a principal causa de referenciação de doentes
para a pneumologia”. Bebiana Conde, médica especialista em sono, acrescenta
que "esta patologia é a que mais
recursos consome, dada a elevada procura de consultas e exames, e pela extensa
relação com várias comorbilidades: obesidade, patologia cardiovascular e
doenças metabólicas como a diabetes, que permanecendo sem tratamento, aumentam
o risco de complicações cardiovasculares em mais de 50%".
O Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro adianta
que nesta fase inicial, serão realizadas quatro primeiras consultas por semana.
“O doente vem para o hospital já com o
exame feito nos cuidados primários, é validado por nós na consulta, e inicia
tratamento de imediato”, afirma Bebiana Conde. A médica assegura que este
serviço, desde há vários anos, “proporciona
intervenções formativas na sociedade civil e científica, através de campanhas
de sensibilização na sociedade, formações, como irá acontecer nos próximos
meses, através de um curso sobre a abordagem multidisciplinar da patologia do
sono, um desafio encetado pela Secção Regional de Vila Real da Ordem dos
Médicos, que tem como objetivo o aumento da literacia do sono na região”.
Apesar de o diagnóstico e tratamento da patologia
do sono significarem “um enorme custo, se
os mesmos forem realizados de forma precoce e eficaz, obtêm-se ganhos imediatos
e a longo prazo, em saúde”, lê-se em nota divulgada por este centro
hospitalar.
A patologia do sono, que compreende a patologia
obstrutiva do sono, insónias, parassónias, alterações do ritmo circadiano,
aliadas à ansiedade, sedentarismo, stress, maus hábitos de alimentação,
compromete significativamente a qualidade de vida. “É importante incentivar a população para as medidas globais, ou seja,
prática de exercício físico, alimentação equilibrada, boa higiene do sono, de
forma a reduzir este tipo de doenças; e, também, no caso de já existirem, serem
diagnosticadas precocemente e tratadas de forma adequada”, conclui Bebiana
Conde.
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