Segundo
a mais recente edição do Boletim NORTE UE, publicado pela CCDR-NORTE,
foram aprovadas mais de 40 mil operações nos diversos programas operacionais da
Política de Coesão do período de programação 2014-20 das políticas da União
Europeia no Norte de Portugal até ao final do ano de 2022. Estas candidaturas
correspondem a 16.042 e a 10.901 Milhões de Euros de investimento elegível e de
fundos comunitários aprovados, respetivamente, permitindo executar 7.835
Milhões de Euros de fundos comunitários (mais 15% do que no primeiro semestre
de 2022).
Verifica-se
que o Norte de Portugal, a região NUTS II com menor PIB por habitante,
apresenta montante de aprovações por habitante mais reduzido (3.039 euros) do
que o Centro (3.354) e o Alentejo (3.677), as restantes regiões menos
desenvolvidas do Continente: o Alentejo beneficia de um programa regional com
maiores apoios por habitante; o Centro beneficia mais em termos relativos (por
habitante) dos programas temáticos.
Com
o encerramento do período de programação 2014-20, os montantes executados
aproximam-se dos montantes aprovados em todos os Programas Operacionais. Como
resultado desta tendência, as diferenças entre as taxas de realização e de
execução de todos os programas da Política de Coesão no Norte (72% e 82%,
respetivamente) e as do NORTE 2020 (70% e 80%, respetivamente) situavam-se em
apenas 2 pontos percentuais no final de 2022, muito se devendo esta trajetória
à aceleração do investimento da Administração Local.
O investimento
cofinanciado pelo NORTE 2020 vem apresentando um efeito direto no equilíbrio
territorial e, assim, na mitigação das assimetrias regionais. Com os menores
valores de PIB por habitante, o Tâmega e Sousa (38%), o Alto Tâmega (59%), o
Douro (46%) e Terras de Trás-os-Montes (49%) constituem sub-regiões (NUTS III)
onde os apoios do NORTE 2020 apresentam importância relativa superior à média
do Norte de Portugal (35%). A relação tende a ser inversa nos restantes
Programas Operacionais (Temáticos), tendendo a assumir os apoios do COMPETE
2020 (27%), por exemplo, maior importância em territórios com maior dinamismo
económico, como a AMP (29%), o Cávado (30%) ou o Ave (35%).
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