Montalegre e Vilar de Perdizes são os únicos representantes do Alto Tâmega no Campeonato de Portugal em 2023/2024.
A
nova temporada para os representantes da região no Campeonato de Portugal, está
prestes a começar, mas o mercado tem estado ao rubro.
Depois
do choque que foi a descida do Montalegre da Liga 3 ao Campeonato de Portugal,
os olhos voltaram-se para a nova temporada e a primeira grande aposta foi a
contratação do também barrosão Tony da Silva, que na sua chegada a Montalegre,
acabou por agradecer ao presidente do Paços de Ferreira, “por entenderem a
minha escolha, que foi juntar o útil ao agradável, estar perto dos meus pais,
que não estão nos melhores dias, derivado aos estado de saúde e estar junto do
meu filho, estando assim mais perto das minhas origens”.
Segundo
Tony, esse foi um fator muito importante e “determinante na minha escolha, para
continuar a fazer aquilo que mais gosto. Passei e conheci várias realidades no
futebol, mas o presidente soube encontrar as palavras certas fazendo valer o
aspeto familiar. As suas ambições e as suas ideias, neste virar de ciclo no
clube, depois de 12 anos de José Manuel Viage, são também as minhas ambições e
estamos cá de corpo e alma para trabalhar.”
Segundo
o treinador foi-lhe pedido “profissionalismo, mentalidade ganhadora e sermos
uma equipa competitiva. Sabemos das dificuldades em contratar jogadores na
nossa região. É um trabalho intenso de todas as partes para encontrar jogadores
com capacidade de resiliência, carácter e ambição, encaixando dentro da nossa
realidade financeira, pois com a descida da Liga 3 baixou para mais de metade”.
O
barrosão Anthony da Silva, Tony, como é conhecido, aos 42 anos volta a abraçar
um projeto como treinador principal depois de ter orientado clubes como o AD
Oliveirense, o GD Bragança, GD Vilar de Perdizes e os juniores do Chaves, na
época 2019/2020.
O
novo técnico do Centro Desportivo e Cultural (CDC)
de Montalegre na sua carreira conta ainda com experiências como treinador
adjunto no Paços de Ferreira, na temporada transata ao lado de César Peixoto. O
técnico esteve também quatro anos no estrangeiro como elemento da equipa
técnica da seleção dos Camarões e como treinador adjunto no Freamunde e no
Académico de Viseu.
O
treinador, com nível UEFA PRO e vários estágios com treinadores de renome como
Guardiola, Roberto De Zerbi ou Simeone, também antes do desafio Montalegre foi
tentado a sair de Portugal. “Tive uma proposta concreta de um clube romeno
Chindia Targoviste que desceu à 2ª Liga, com um projeto de subida. Tinha tudo
acertado e eu com o meu staff, mas na véspera de viajarmos, ligaram a dizer que
me dobravam o salário mas para eu ir sozinho e abandonar o meu staff, para trabalhar
com gente de lá. Claro está que a minha resposta foi negativa, pois não podia
trabalhar com gente que não conhecia”.
Tony
garante que quer ter os pés bem assentes no chão e estar preparado para as
dificuldades. “Vamos ter que ser equilibrados emocionalmente a todos os níveis
para se ter sucesso e dar um passo de cada vez. Estamos perante a reconstrução
de uma equipa, que vai ter uma identidade, daí estarmos atentos ao que o
mercado nos poderá oferecer, para depois traçar objetivos, procurando a vitória
em cada jogo”, concluiu o barrosão Anthony da Silva.
Vítor Gamito vai
continuar a orientar o Vilar de Perdizes
Assegurada
que está a continuidade no Campeonato de Portugal em futebol na temporada
2023/2024, após ter chegado a novo acordo com a SAD do Desportivo de Chaves,
para poderem utilizar o sintético do Complexo Desportivo Francisco Carvalho, os
também barrosões de Vilar de Perdizes, renovaram com Vítor Gamito.
Depois
da brilhante época no Grupo Desportivo de Vilar de Perdizes, que conseguiu a
manutenção mesmo antes do campeonato terminar, e de ter feito história ao subir
a equipa sénior ao Campeonato de Portugal, o nome do jovem treinador flaviense,
de 35 anos, chegou a ser dado como sucessor de Jorge Costa no Académico de
Viseu, clube que milita na II Liga, (Liga SABSEG), mas o negócio não se
concretizou e o técnico vai continuar a orientar os Guerreiros da Raia, na
próxima temporada.
“Perspetivo um Campeonato ainda mais
competitivo e equilibrado onde cada ponto valerá ouro e a diferença na tabela
classificativa será decidida ao pormenor”, começou por dizer Gamito,
salientando que “muito se falou, mas as propostas que me chegaram foram de
equipas do mesmo patamar pelo que foi fácil chegar a um entendimento para a
renovação. O projeto de consolidação do clube nos campeonatos nacionais e a melhoria
das condições de trabalho do clube, que vai passar a funcionar no horário
diurno serviram de aliciante. A exigência aumenta assim como a responsabilidade”,
disse o técnico.
Segundo
Vítor Gamito, o Vilar de Perdizes para esta temporada, “tem o handicap de deixar
de existir o ‘fator surpresa’. Conquistamos esse respeito com muito trabalho. Como
fator positivo temos o fator experiência, pelo que a estrutura já sabe ao que
vai e está familiarizada com a exigência do Campeonato de Portugal”.
Vítor
Gamito, um pouco à semelhança do que sempre aconteceu na sua carreira, não
esconde os desafios nem os objetivos para a nova temporada e de forma clara
explicou que “os nossos objetivos estão balizados connosco próprios. Queremos
fazer mais e melhor. Sabemos que se fizermos mais e melhor alcançaremos o
principal objetivo que passa pela manutenção no Campeonato de Portugal. Queremos
ficar nos 5 primeiros classificados, aumentar o número de pontos conquistados
(36), aumentar o número de golos marcados (33) e diminuir os golos sofridos
(32). Após termos estreado 2 ‘meninos’ barrosões na temporada passada (Rafa e
Ruizinho), que continuarão a ser apostas, temos também como objetivo dar
continuidade à aposta na formação e oportunidade de crescimento dos jovens
valores da região neste espaço competitivo”.
Recorde-se
que na última época ao comando do clube da mítica aldeia de Vilar de Perdizes,
Vítor Gamito contabiliza 26 jogos, oito vitórias, 12 empates e seis derrotas
para a Série A do Campeonato de Portugal, ocupando a sexta posição da tabela
classificativa.
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