Na pergunta pode ler-se que o ''atual Conselho de Administração do CHMTAD terminou o seu mandato em dezembro de 2021 e apesar disso a tutela ainda não procedeu às necessárias nomeações, levando a que esse organismo esteja reduzido a apenas 3 elementos''.
O PCP destaca como ''particularmente grave'' o facto do CHTMAD ''não ter a presença de um Diretor Clínico desde agosto de 2022'', considerando que a situação descrita ''prejudica seriamente a gestão do CHTMAD, com especial relevância na área clínica'', para além de prejudicar também ''toda a discussão sobre a reestruturação da organização e gestão dos cuidados de saúde primários e hospitalares na área de influência do CHTMAD'', bem como ''os concursos de colocação dos médicos recém especialistas''.
O deputado João Dias termina a pergunta afirmando que ''só mesmo a excecional dedicação e capacidade dos trabalhadores do CHMTAD tem impedido consequências mais graves num serviço tão importante'' numa área que abrange cerca de 300 mil habitantes e questiona o Ministério da Saúde sobre ''até quando se irá manter esta grave situação de indefinição''.
Recorde-se que o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE é constituído por quatro unidades hospitalares - o Hospital de S. Pedro, em Vila Real, onde está localizada a sede social, o Hospital Distrital de Chaves, o Hospital de Proximidade de Lamego e a Unidade de Cuidados Paliativos em Vila Pouca de Aguiar – sendo que a sua área de influência direta abrange cerca de 300.000 habitantes, dos concelhos de Alijó, Armamar, Boticas, Chaves, Lamego, Mesão Frio, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Peso da Régua, Ribeira de Pena, S. João da Pesqueira, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Tabuaço, Tarouca, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real.
Paulo Silva Reis
Foto: Carlos Daniel Morais
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