SEGUNDO OBJETIVO


Faltam quatro jogos, 12 pontos. O objetivo, agora, passa por alcançar a melhor classificação, e, se possível, bater os 47 pontos da época 2017/18, sem pensar noutras metas, nem fazer disso uma obsessão.

Os ''Valentes Transmontanos'' alcançaram os 40 pontos e passaram a ocupar a oitava posição na tabela classificativa, prova mais do que evidente do excelente campeonato que estão a protagonizar, bem acima das melhores expetativas, e que conduz a uma reta final completamente tranquilo.
Chaves e Casa Pia têm o principal objetivo alcançado. Assim, esperava-se um bom jogo de futebol, o que na realidade aconteceu, com um futebol positivo e em que procuraram os três pontos.
A abordagem, ou se quiserem o plano traçado, foi diferente. Os transmontanos com o seu futebol de posse e acelerações nos corredores, ao passo que os gansos mais expetantes, aliás essa tem sido a sua imagem de marca, na procura de lançar as transições de Soma e de Godwin.
O jogo acabou por ter como nota dominante o equilíbrio, com domínio repartido e onde a eficácia acabou por ser, como sempre, determinante. Na primeira parte, a nossa equipa esteve uns degraus acima. Na fase complementar, até por estar em desvantagem e querer chegar, pelo menos, à igualdade, o Casa Pia foi mais agressivo, com maior dose de determinação e pressionante.
A nossa equipa entrou bastante bem, com jogadas e combinações de elevada qualidade, o que também é demonstrativo do trabalho que tem vindo a ser realizado. Contudo, até foi a formação do Casa Pia a dispor da primeira oportunidade de golo. No entanto, a mais flagrante foi de Abass, ele que marcou nas últimas duas jornadas, que, isolado por um passe magistral de Juninho, não foi capaz de ultrapassar Ricardo Batista, o mesmo acontecendo a João Mendes na recarga.
O golo de Steven Vitória acabou por ser o corolário do melhor futebol que se estava a ver no relvado, embora a formação lisboeta nunca tenha deixado de ameaçar.
Os papéis inverteram-se após o intervalo. Neste período, os casapianos foram mais proativos, tiveram mais iniciativa, mais incisivos para mudar os acontecimentos. Contudo, a nossa equipa uniu-se, como tem sido hábito, soube segurar o ímpeto adversário e também colocou em sentido a defensiva adversária com Abass a ter nova boa oportunidade após um passe açucarado de Benny.
Um empate não escandalizaria e até se pudesse aceitar, mas parece-me que os três pontos assentaram bem à nossa rapaziada que dessa forma fizeram uma ultrapassagem ao seu opositor. Aliás, nesta jornada subimos quatro posições.
O Casa Pia foi considerado, praticamente de forma unanime, uma das grandes revelações da prova, pelo campeonato que estava a fazer, mas também por ser uma das equipas que subiram de divisão. E, na verdade, sobretudo na primeira volta, o conjunto de Filipe Martins demonstrou muita qualidade, alicerçada numa ideia de jogo bem enraizada. Nesse contexto, devemos valorizar aquilo que temos feito. Reconhecer a meritocracia do grupo de trabalho.
Fruto da atual classificação, há quem veja/sonhe com uma possibilidade da nossa equipa entrar na luta por um lugar Europeu- via sexto lugar. Confesso que não me parece que seja bom para o futuro do clube. Antes de ser dado esse passo, para o qual não estamos preparados, é fundamental consolidarmo-nos na principal prova de clubes.
Depois, veja-se o que tem acontecido às equipas que recentemente têm obtido uma classificação Europeia: sempre com grandes dificuldades para assegurar a manutenção, quando... não tem descido.
Faltam quatro jogos, 12 pontos. O objetivo passa por alcançar a melhor classificação, e, se possível, bater os 47 pontos da época 2017/18, sem pensar noutras metas, nem fazer disso uma obsessão.


04/05/2023

Desporto


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