Orlando Alves fica em prisão preventiva


Orlando Alves e David Teixeira, presidente e vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre, que renunciaram aos cargos, depois de terem sido detidos, juntamente com o chefe de gabinete da divisão de obras municipais, ficaram esta segunda-feira as conhecer as medidas de coação aplicadas pelo Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, que decretou a prisão preventiva apenas para o ex-presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves.

Desde quinta-feira que Orlando Alves, David Teixeira e o chefe de Divisão de Obras municipais, estavam detidos nas instalações da Policia Judiciaria do Porto para interrogatório no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto. Esta segunda-feira foram conhecidas as medidas de coação e só o ex-presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, vai ficar em prisão preventiva. Os outros dois arguidos ficaram em liberdade, com Termo de Identidade e Residência e o pagamento de caução. No caso do ex-vice-presidente David Teixeira, o valor da caução é de 100 mil euros. Já no caso do chefe de Divisão de Obras municipais o montante decretado pelo juiz é de 50 mil.
Estes dois arguidos ficaram também com suspensão imediata de funções e proibidos de se contactarem entre si e com os outros arguidos do processo.
Recorde-se que Orlando Alves e David Teixeira, foram eleitos pelo Partido Socialista nas eleições autárquicas de 2021 e cumpriam o seu terceiro mandato, pois desde 2013 que assumiram os cargos na Câmara de Montalegre.
Segundo a Policia Judiciária, estão indiciados dos crimes de associação criminosa, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documentos, abuso de poder e participação económica em negócio.
De acordo com o comunicado divulgado pela PJ, foram executadas buscas, domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços da autarquia e diversas empresas nos concelhos de Montalegre, Braga, Famalicão e Vila do Conde, com ‘’um volume global de procedimentos de contratação pública, no período de 2014 a 2022, suspeitos de viciação para benefício de determinados operadores económicos, num valor que ascende a 20 milhões de euros’’.


31/10/2022 Jornalista: Paulo Silva Reis Repórter de imagem: Carlos Daniel Morais

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