Fruto de um trabalho desenvolvido para evidenciar e preservar o maior tesouro de um povo, nomeadamente a sua língua, o autor recolheu vários nomes e expressões tradicionais que radicam na natureza humana, especialmente nos seus costumes, vivências, fraquezas, crenças, jogos amorosos e lúdicos.
Recorrendo a quadras populares, histórias, comentários, excertos, chistes e adágios, Armando Ruivo pretendeu emergir a palavra como repositório cultural de um povo, representando uma componente identitária da história de uma região.
O Presidente da Câmara Municipal, Nuno Vaz, reconheceu a importância de plasmar este legado para as gerações vindouras, por se tratar de um marco promotor de fortes ligações com as raízes genealógicas e culturas na comunidade, que tornam Trás-os-Montes e Alto Douro territórios de características singulares e diferenciadas.
Cassiano Reimão, Professor Doutor da Universidade Nova de Lisboa responsável pela apresentação, revelou ainda que o Dicionário “contém significativos elementos para a cultura, permitindo um contacto com um substrato de ruralidade que nutre as vivências humanas numa região, sendo expressão de uma cultura profundamente telúrica e estabelecendo, no fundo, um diálogo com a cultura popular tramontana”.
A cerimónia deu-se por encerrada com a declamação de pequenos excertos da obra, na voz de Marília Julieta Gomes.
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