Pais e namorado de uma adolescente acusados de abuso sexual em Chaves


Segundo o Ministério Público, em causa estão condutas de natureza sexual praticadas pelo namorado da vítima, quando esta tinha 13 anos, numa habitação onde a adolescente vivia com os pais.

O Ministério Público (MP) acusou três arguidos, os pais e namorado da vítima, de 21 anos, de três crimes de abuso sexual de criança e de um crime de atos sexuais com adolescente, que ocorreram em Chaves. Segundo, a acusação datada de 23 de novembro, e publicada na sexta feira, 10 de janeiro, no site da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, os pais são também acusados já que permitiam que o homem, com oito anos a mais do que a vítima, passasse a noite na casa de família com a adolescente.

O MP imputa aos pais os crimes na forma agravada. Em causa, e de acordo com a acusação, estão condutas de natureza sexual praticadas por um dos arguidos, com 21 anos, namorado da vítima, iniciadas quando esta tinha 13 anos e mantidos até aos seus 14 anos. Estes atos ocorreram entre abril e junho de 2024, na habitação onde a vítima vivia com os pais e onde, por vezes, o namorado pernoitava.

Os pais foram acusados pelo MP "por, ao permitirem que o namorado da sua filha, quando esta tinha 13 e posteriormente 14 anos e apresentava uma particular vulnerabilidade emocional, passasse a pernoitar na sua residência, perspetivaram que aquele viesse a praticar atos de natureza sexual com a filha e conformaram-se com tal resultado".

O MP requereu a aplicação aos arguidos das penas acessórias de proibição do exercício de funções pela prática de crimes contra a autodeterminação sexual e a liberdade sexual e de proibição de confiança de menores e inibição das responsabilidades parentais. Requereu ainda o arbitramento de indemnização a favor da vítima a suportar pelos arguidos.

Os arguidos mantêm-se sujeitos às medidas de coação de proibição de se aproximarem e permanecerem na área da residência da ofendida, designadamente da instituição onde a mesma atualmente se encontra acolhida. Estão ainda proibidos de contactarem com a ofendida e o namorado de contactar os pais e vice-versa.

A vítima encontra-se acolhida numa instituição no âmbito de uma medida de promoção e proteção que lhe foi aplicada.

 

Sara Esteves

Foto: DR


13/01/2025

Sociedade


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