Alto Tâmega e Barroso com investimento superior a 90 ME em projetos de desenvolvimento territorial
A Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT) recebeu na sexta-feira, dia 20 de junho, a primeira sessão do novo ciclo de visitas de trabalho promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) às Entidades Intermunicipais. Segundo a Comissão, na região do Alto Tâmega e Barroso existem projetos aprovados com investimento de 90,1 milhões de euros.
A jornada, que decorreu nas
instalações da CIMAT, em Chaves, visou “promover uma abordagem estratégica e
concertada sobre temas prioritários para o desenvolvimento regional, reforçando
o diálogo e a cooperação entre os diferentes níveis de governação”, disse a
Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso.
Entre os assuntos abordados
estiveram o funcionamento da CCDR-N, o Programa Regional de Ordenamento do
Território do NORTE (PROT-NORTE), os Planos Diretores Municipais (PDM), os
desafios nas áreas da Agricultura, Cultura e Ambiente, bem como o ponto de situação
dos financiamentos ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), dos
financiamentos do Banco Europeu de Investimento (BEI) e do programa NORTE2030, mencionou
através de um comunicado a CIMAT.
Durante a reunião foi destacado o
avanço da execução do NORTE2030 no Alto Tâmega e Barroso, que “regista uma
taxa de execução de 35%, sendo, à data, o Território com maior taxa de
cumprimento na região Norte”, lê-se ainda na mesma nota. Nesta região existem
projetos aprovados com investimento de 90,1 milhões de euros.
O Presidente da CCDR-N, salientou
a importância de manter a proximidade com os territórios, “reforçando o
compromisso de cooperação com as comunidades intermunicipais e os respetivos
municípios, num esforço conjunto para acelerar a concretização dos
investimentos e garantir que os fundos europeus chegam de forma eficaz à
economia, às empresas e às populações”.
Para António Cunha, este
financiamento, enquadrado nos fundos estruturais da União Europeia, “está a
ser canalizado para projetos com forte impacto no território e na qualidade de
vida das populações, refletindo uma estratégia concertada entre os seis
municípios que integram a CIMAT”, referiu citado numa nota publicada pela
CCDR-N.
Entre os projetos aprovados para
o Alto Tâmega e Barroso, destacam-se intervenções na proteção e valorização do
Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), área do concelho de Montalegre, intervenções
estruturais na bacia hidrográfica do Tâmega, no âmbito do projeto ASPSI –
Cheias, com o objetivo de mitigar riscos e proteger populações face a eventos
extremos e resolução do passivo ambiental das Minas de Jales, em Vila Pouca de
Aguiar.
Nuno Vaz, Presidente da CIMAT,
destacou a importância da descentralização destas reuniões, “tendo sido a
CCDR-N a ir ao território, e não o contrário”, sublinhando ainda que “é
importante dizer que existe claramente um compromisso. Existem dificuldades,
problemas, mas, se de facto houver um alinhamento e um posicionamento que seja
colaborativo e solidário, como é evidente que existe, naturalmente estaremos
muito mais preparados para conseguirmos obter sucesso na captação de
investimento transformador para o nosso Território”.
Esta jornada de trabalho marcou o
arranque de uma nova ronda de visitas técnicas da CCDR-N, num ciclo que
pretende “assegurar uma governação regional mais articulada, eficiente e
próxima do território”, destacou ainda esta Comunidade Intermunicipal.
Segundo a CCDR-N, até ao momento,
foram submetidas 275 candidaturas ao Programa NORTE 2030. Em curso, e de acordo
com a mesma fonte, estão trabalhos preparatórios em torno de iniciativas como o
estabelecimento do polo arqueológico e do centro de criação do Alto Tâmega e
Barroso, em Vila Pouca de Aguiar e Chaves, respetivamente, assim como de
conservação e valorização do Complexo Mineiro de Tresminas e de promoção Ibérica
do Museu das Termas Romanas, num corredor cultural entre o Norte e Castela e
Leão.
Sara Esteves
Fotos: CIMAT e CCDRN
24/06/2025
Economia
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