Crianças confecionam bolachas saudáveis no Dia Mundial da Alimentação
Cerca de 156 alunos dos Jardins de Infância do concelho de Vila Pouca de Aguiar assinalaram o Dia Mundial da Alimentação com uma atividade de showcooking de confeção de bolachas saudáveis, onde os alunos puseram as mãos na massa. A atividade foi distribuída entre os dias 13, 14 e 16 de outubro, na Cozinha Pedagógica do Agrupamento de Escolas, numa interação entre os alunos dos Jardins de Infância e os alunos do Curso Profissional de Cozinha e Pastelaria.
O Departamento da Educação Pré-Escolar
de Vila Pouca de Aguiar levou os cerca de 156 alunos dos Jardins de Infância do
concelho de Vila Pouca de Aguiar até à Cozinha Pedagógica para fazerem bolachas,
assinalando desta forma, o Dia Mundial da Alimentação que é celebrado a dia 16
de outubro. Distribuídos por grupos, para haver mais facilidade de interação na
atividade, o dia 13 foi reservado para os alunos de Tourencinho, Soutelo de
Aguiar, Telões e Campo de Jales. No dia 14 foi a vez de Pedras Salgadas,
Sabroso de Aguiar e um grupo de Vila Pouca de Aguiar. As restantes três turmas
de Vila Pouca de Aguiar realizaram a atividade no dia 16.
Enquanto uns alunos amassavam a
massa, outros colocavam as pequenas formas com desenhos para darem formatos
originais às bolachas.
Esta atividade pretendia
sensibilizar os mais novos para uma “alimentação mais equilibrada”. Jezabel
Coutinho é Coordenadora do Departamento da Educação Pré-Escolar e explica que “temos
verificado que muitas vezes os lanches que eles trazem têm muito açúcar, muitos
sumos, a assim dá para perceberem que também se podem fazer bolachas
saudáveis”. A Coordenadora refere-se às bolachas que os alunos do primeiro e do
terceiro ano do Curso de Cozinha e Pastelaria confecionaram para mostrar às
crianças dos jardins de infância que, mesmo com ingredientes mais saudáveis,
como frutos secos, ou farinha de aveia, as bolachas ficam saborosas.
Maria Magalhães é professora e
leciona nos Cursos Profissionais de Cozinha e Pastelaria e de Restauração e Bar
do Agrupamento de Escolas, que ajudaram a dinamizar a atividade. Questionada
sobre a relevância de passar estes conhecimentos às crianças entre os três e os
cinco anos, Maria Magalhães diz ter “toda a importância, porque é de pequeninos
que eles aprendem”. A professora indica que a massa onde as crianças
interagiram é a já conhecida bolacha de manteiga por ser mais “maneável e mais
prática para elas trabalharem”.
Paralelamente estavam os alunos
mais velhos a preparar massa para outro tipo de bolacha, que também
demonstraram como se fazia aos meninos dos Jardins de Infância, que incluíam
ingredientes mais equilibrados como “aveia, todo o tipo de frutos secos, desde
da amêndoa a noz, para também eles, ao comerem, saberem que há essas diferenças
relativamente ao que estão habituados”. Assim sendo, os pequenos iam-se
divertindo no processo da confeção, “desde amassar a massa, ao esticar, ao
fazer a forma que desejarem (…) e depois, ao comer, eles já tiveram o sabor da
outra bolacha com mais elaboração”.
A professora da área da Cozinha e
Pastelaria refere que há vantagens para ambos os grupos, tanto os mais novos
como os mais velhos. “Essa interação entre os nossos alunos e os alunos mais
pequeninos é muito importante, porque eles estão todos orgulhosos em ensinar,
os meninos estão curiosos em aprender, e é uma mais-valia para os nossos alunos
e para estes meninos pequeninos, que podem vir a ser futuros cozinheiros ou
pasteleiros”.
Como rescaldo da atividade ao
longo dos três dias, Maria Magalhães frisa que a aceitação foi “muito boa”, uma
vez que “os meninos saem daqui muito satisfeitos, as professoras também, e é
uma dinâmica muito favorável”.
O alcance do showcooking de
bolachas não fica por aqui. Nos Jardins de Infância houve uma preparação prévia
com as crianças, em contexto de sala, sobre a alimentação saudável, onde
fizeram “atividades de recorte de alimentos saudáveis e menos saudáveis,
elaboraram atividades no âmbito da linguagem, da matemática, do conhecimento do
mundo, onde trabalhamos todas as áreas de conteúdo da educação pré-escolar”,
esclarece Jezabel Coutinho.
Após a atividade pedagógica, levam
o tema para o contexto de sala, onde voltam a “explorar, partilhar e fazer o
registo gráfico”. “As crianças verbalizam o que fizeram, o que aprenderam, se
gostaram, se não gostaram, manifestam as suas opiniões e, depois, as educadoras
registam para eles também perceberem que há um código escrito”. Diz ainda que é
uma forma de perceber o que é que as crianças retiveram, ou seja, a sua visão
desta visita, através dos desenhos que fazem. “Uns vão valorizar mais as
bolachas, outros vão valorizar as crianças, outros vão valorizar os
cozinheiros, até porque estão fardados e se calhar lhes vai ficar na mente”.
Outro objetivo do
showcooking, diz Jezabel Coutinho, é criar uma dinâmica entre várias faixas
etárias do Agrupamento de Escolas, que, neste caso, junta o pré-escolar com
alunos mais velhos do Curso Profissional de Cozinha e Pastelaria, e assim
perceberem que “a própria escola forma meninos e meninas para vários tipos de
saídas profissionais”.
Ao longo da atividade, as
crianças experimentaram as bolachas saudáveis, elaboradas pelos alunos do curso
profissional e, apesar da utilização de ingredientes a que não costumam estar
habituadas, a aprovação foi geral.
Texto e fotos: Ângela Vermelho
17/10/2025
Sociedade
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